Xenofobia, falta de oportunidade, choque cultural. Essas mazelas permeiam as relações sociais na conjuntura dos refugiados no Brasil. Conforme Carlos Drummond, que em seu famoso poema faz referência a uma pedra, a qual o angustia e impede sua progressão, as intempéries provocados aos imigrantes forçados revelam as mesmas preocupações para o desenvolvimento da sociedade. Todavia, observa-se, uma gradativa mudança desse quadro na comunidade e fatores importantes devem ser interpretados. Em primeira análise, convêm frisar um progressivo processo de aceitação aos refugiados por meio da população. Nota-se, primordialmente, o processo histórico na construção da identidade nacional brasileira, a qual permeia por diversas etnias e culturas, nesse aspecto, parte significativa da sociedade provem do resultado de imigrações anteriores. Assim, o crescente acolhimento se baseia nas relações de pertencimento a uma história em comum dos cidadãos e dos imigrados. Uma prova disso,de acordo com o Jornal G1, é o aumento das concessões de refúgios entre 2012 e 2014 pelo Estado. No entanto, cabe pontuar que ainda existe uma parte da comunidade civil disposta a negar o respeito e os direitos que é garantido por meio da justiça e da constituição aos refugiados. De acordo com Albert Einstein - é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito enraizado - sob tal ótica, pessoas xenofóbicas não apresentam um olhar humanitário aos imigrantes e com base em ideologias de que esses iriam "roubar" os empregos daqueles renegam à sua participação social. À luz do exposto, por conseguinte, verifica-se uma progressiva mudança no comportamento dos cidadãos brasileiros que deságua para uma plena aceitação. Contudo, medidas podem ser tomadas para agilizar tal processo, para haver uma despreocupação aos cidadãos embasados no pensamento do roubo de emprego, a União, juntamento com o as empresas e o Ministério do Trabalho, tem que criar planos para a administração e distribuição de serviços para os refugiados inserindo esses na sociedade e garantindo o dever de um país democrático pleno. Ademais, uma intensificação nos debates nos âmbitos escolares,visando um pensamento crítico e humanitário dos jovens em formação, aplicados pelos professores de sociologia e antropologia contribuirá para um futuro menos preconceituoso por parte dos indivíduos. Permitindo, por fim, a retirada da pedra do caminho brasileiro.