Título da redação:

Desertando para o mesmo drama

Tema de redação: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 13/10/2017

Os problemas vivenciados pelo mundo contemporâneo colocam em xeque as fronteiras entre as nações: muitos indivíduos, desertando de desastres naturais ou da intolerância humana, deixam seus países em busca de melhores condições de vida. O Brasil, como território neutro, passa a chamar a atenção desses, tornando-se assim um dos Estados que mais recebe imigrantes na atualidade. Não obstante, ao pisar em solo brasileiro, esses indivíduos passam a conviver com situações de xenofobia, que muitas vezes se assemelham com os problemas dos quais fogem. É preciso ressaltar que a xenofobia é um problema histórico. Após a Independência do Brasil em 1822, os filhos do novo território, de maneira mais frequente, passaram a agir preconceituosamente com os ex-colonizadores (portugueses). Esses foram hostilizados inúmeras vezes, sendo acusados de roubar os privilégios políticos dos patriotas, como também de retirar seus empregos, em um processo que se perpetua por mais de dois séculos com os mais diferentes estrangeiros. Tal adversidade foi acentuada recentemente com a criação da "Lei de Migração", que garante para o migrante direitos e deveres iguais aos dos cidadãos brasileiros. Trata-se de uma política necessária, tanto para combater a violência com os refugiados, como pelo aumento do número de indivíduos que buscam abrigo na América Portuguesa. O preconceito com os emigrados vai além de aspectos sociais e engloba também suas próprias culturas. Não é recôndito o fato desses desertarem de situações de guerra, intolerância e perseguição, como as que acontecem no Oriente Médio. A população dessa região, como também da religião mulçumana, carrega consigo estereótipos generalizados, obtidos pela atuação de uma minoria radical, que muitas não define o comportamento de todos dessa cultura. Ao chegarem ao Brasil são hostilizados como "terroristas" e amiúde têm poucas oportunidades. Em sua tese de doutorado, Gustavo Barreto, diz que a ideia de um Brasil hospitaleiro com os refugiados não passa de um mito, e que os imigrantes são vistos como problemáticos. Diante dos fatos apresentados e se baseando na ideia de Nelson Mandela de que "a educação é a arma mais poderosa para mudar o mundo", o Ministério da Educação, deve, através da criação de uma lei no Congresso Nacional que obrigue as escolas a trabalharem com os imigrantes, promover o fim de preconceitos, xenofobia e estereótipos com os emigrados. Já as ONG's, através de parceria com as grandes emissoras de TV, promover propagandas que mentalizem a importância do respeito a esses povos. Só assim os homiziados terão paz, em detrimento de seus territórios.