O drama dos refugiados não se restringe somente a eles, mas também aos países que os acolhem. Isso se evidencia tanto pela acentuação do preconceito e das formas de discriminação, quanto pela falta de trabalho e condições de sustento. A lei da imigração recentemente em vigor no Brasil garante a imigrantes em condição de igualdade aos cidadãos brasileiros os mesmos direitos. Entretanto, enfrentar uma nova cultura e costumes desconhecidos e totalmente diferentes pareceria fácil se não fosse, além de tudo isso, o fato de ter que lhe dar com o preconceito, xenofobia e outras formas de discriminações. Muitos desses refugiados que saem de seus países de origem devido a problemas semelhantes se veem acometidos pelos mesmos infortúnios, além de que o preconceito já pré-existente naquela sociedade se acentua e se reinventa perante uma nova forma do desconhecido. Ademais, ter que recomeçar uma nova vida do zero muitas vezes é um grande obstáculo, principalmente no Brasil. A procura por emprego ou qualquer serviço que garanta o sustento submete os refugiados a condições humilhantes de trabalho, o que obviamente vai contra a proposta da lei da imigração aprovada no congresso. Assim, percebe-se que a luta enfrentada pelos refugiados envolve mais que o sentimento de perda. Portanto, a fim de combater a xenofobia e outros preconceitos enfrentados, é preciso promover o senso de solidariedade das pessoas através de palestras e diálogos em escolas e universidades. Por outro lado é necessário que o governo ampare refugiados que ainda estão se estabelecendo, através de empréstimos e políticas públicas que facilitem sua integração no mercado de trabalho e na sociedade.