Foi no período da escravidão que o Brasil presenciou os primeiros refúgios internos, realizados pelos negros, no qual objetivavam sua sobrevivência longe de seus senhores, visto que eram submetidos a condições de vida precária. Contudo, atualmente, o país encontra-se diante de um grande debate sobre refugiados vindos de outros países. Acerca do cenário de guerra e conflitos internos que o mundo encontra-se, milhares de famílias são obrigadas a deixarem seus lares, familiares e amigos e tentar a sorte em outro país, tal como aconteceu com a Síria em 2014, onde foram disponibilizadas mais de 2000 concessões de refúgio, em um curto período de tempo. Uma vez analisado que esses refúgios são expressões aclamativas de ajuda, a inaceitação a esse grupo de pessoas, não passa de formas exageradas de preconceito e intolerância, características que há muito vêm tentando serem desconstruídas o país. É por considerar os refugiados também como humanos, que os mesmos são acobertados pela legislação brasileira possuindo direitos iguais aos dos nativos, seguindo, assim, a mesma ideia no qual defende alguns historiadores, de que a democracia de um país pode ser comprovada quando analisada a sua forma de receber os mais vulneráveis, assim como explica o professor Ramos, da USP. Dessa forma, nota-se a necessidade de uma construção educacional mais solidificada no que diz respeito aos refugiados, através de palestras e campanhas ministradas pelo Ministério da Educação em junção com o Ministério da Justiça e Segurança Pública no intuito de erradicar a inaceitação da população aos refugiados.