O quadro expressionista "O grito" de Edvard Munch mostra a mistura de sentimentos (medo e angústia) vigentes em um período entre as duas guerras mundiais. Essas sensações, são semelhantes a dos refugiados, que abandonam seu país de origem e vão a outro totalmente desconhecido tanto em cultura como em dialeto. Logo, a mídia e o Estado são agentes importantes para que essa transição seja a menos dolorosa. Em primeiro plano, grupos religiosos, principalmente os islâmicos, são considerados terroristas pela população brasileira. Nesse sentido, o fato dos ataques no continente europeu serem reivindicados por diferentes grupos extremistas crentes no islã aliado com a apresentação pelos jornais e programas televisivos dessa informação sem a devida divisão do grupos, cria um ideário que todos os integrantes dessa religião praticam tais atrocidades. Assim, toda a população desenvolve um sentimento contrário a vinda de refugiados com essa crença ocorrendo em nível nacional, pois, segundo a pesquisa do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, de 2013, 99,9% das casas no Brasil possuem televisão. Ademais, a modernidade líquida, tese científica do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, influência a desunião entre as diferentes nacionalidades. Em suma, a liquidez existente nas relações interpessoais na modernidade, agravada pelo advento das novas tecnologias e das mídias sociais, desenvolve o individualismo em detrimento do pensamento coletivo, criando uma apatia pelo próximo. Consequentemente, tal teoria explica como em dois anos, entre 2014 e 2016, o número de concessões de refúgios diminui pela metade de acordo com a pesquisa do site "G1". Ficam claros, portanto, os empecilhos a respeito dos refugiados em solo brasílico. Dessarte, a mídia e as ONG's especializada em refugiados devem se juntar para amenizar esses problemas. Nesse contexto, os jornais e os programas jornalísticos na televisão podem criar com o material oriundo das ONG's, um espaço semanal para disseminação de informações sobre os conflitos mundiais, como a guerra na Síria - país que mais possui pedidos de refúgio - e informando também sobre os diferentes grupos religiosos e étnicos que estão envolvidos nesses conflitos, a fim de que a população conscientize-se para ajudar e entender a situação difícil desses seres humanos que apenas estão em busca de um direito universal: o da vida.