Título da redação:

Amarras culturais

Tema de redação: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 09/10/2017

Os Tribalistas, na canção “Diáspora”, lançada em 2017, retrataram a vida conturbada dos refugiados ao fazer um passeio histórico e filosófico acerca dessa realidade. Em consonância, a sociedade brasileira do século XXI comunga desse problema, haja vista a vulnerabilidade dos refugiados, bem como a exclusão social que os circundam. Dessa maneira, é passível de discussão tal temática. Em primeiro plano, muitos refugiados são vítimas das mais diversas formas de exploração. Nessa conjuntura, como grande parcela desconhece a constituição dos países destino, são alvos ideais para crimes. Em verdade, após o terremoto do Haiti em 2004, houve um aumento considerável de haitianos no Brasil, pois esperavam oportunidades de emprego e estabilidade. Contudo, depararam-se com uma rede de trabalhos análogos à escravidão. Por conseguinte, fica nítido que há um distanciamento das cláusulas humanitárias asseguradas pela carta magna brasileira, embora algumas condições de refúgio sejam ilegais. Posto isso, a terceira fase romântica abolicionista, liderada por Castro Alves, reforçava a ideia de compaixão e respeito à dignidade humana, logo, dicotômico ao acontecido. Ademais, os embates culturais implicam o preconceito e a marginalização de outras nações. Sob esse viés, permeiam atitudes xenofóbicas advindas dos brasileiros, por mais que sejam conhecidos internacionalmente pela receptividade. À vista disso, Rousseau, filósofo suíço, afirmou que o homem nasce livre, no entanto, preso por todos os lados. Em tal contexto, insere-se os refugiados, pela liberdade, de certa forma, inerente ao homem, porém, estão presos nas amarras da xenofobia que os impedem de exercer suas culturas. Desse modo, fica clara a dificuldade de trabalhar e viver em meio ao preconceito, uma vez que esses indivíduos necessitam de apoio, não ojerizas. Sendo assim, é perceptível os problemas sociais sofridos pelos refugiados. Então, para solucioná-los, faz-se impostergável, portanto, que as ONGs em parceria com a sociedade ensinem as leis básicas dos direitos do cidadão brasileiro aos refugiados, por meio de oficinas e palestras realizadas em locais públicos, para que os refugiados não tenham os direitos humanos avariados. Não apenas, cabe ao MEC ensinar as crianças desde cedo a lidar com outras culturas, por intermédio da escola em aulas temáticas sobre os imigrantes e suas praxes, no intuito de formar cidadãos mais tolerantes e menos etnocêntricos.