A legislação brasileira dá aos refugiados os mesmos direitos que possuem os nativos. No entanto, a realidade dos que, aqui, chegam nessas condições está longe de atender o determina a lei. A falta de estrutura e de oportunidades de trabalho aumenta a xenofobia, o preconceito e a discriminação desses imigrantes. Ao entrar no Brasil, a maioria dos refugiados é encaminhada para as capitais dos estados Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. São recebidos por organizações da sociedade civil (algumas apoiadas pelo governo) responsáveis por dar suporte psicológico, ensinar a língua portuguesa e ajudá-los com a documentação que passa por longos processos. Essas organizações não atingem toda a demanda que tem crescido consideravelmente nos últimos anos. Além disso, refugiados não inseridos no mercado de trabalho sujeitam-se aos chamados subempregos, como vendedores ambulantes em transportes públicos, por exemplo. Ou ainda são submetidos a diversos tipos de exploração. Diante desses fatos a sociedade discrimina essas pessoas, acusando-as de serem um empecilho ao desenvolvimento do país, ignorando o histórico que as trouxe aqui, suas dores e seus sofrimentos. Portanto, o governo federal precisa aumentar a quantidade de centros de atendimento aos refugiados em parceria com os governos estaduais para redistribuir essa população no território brasileiro e agilizar os processos burocráticos. Tais centros devem capacitar, identificar as habilidades que as pessoas acolhidas já possuem e integrá-las à sociedade de maneira que possam exercer sua cidadania tendo seus direitos garantidos e, dessa forma, contribuírem para o desenvolvimento do país.