Título da redação:

A dignidade humana em segundo plano

Tema de redação: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 11/10/2017

É notório que os refugiados que se encontram no Brasil Contemporâneo vivem uma situação dramática. Dentre tantos motivos que comprovam essa dramaticidade, tem-se a pouca assistência prestada pelo Estado e, sobretudo, o preconceito da sociedade. Observa-se que o governo brasileiro recebe um significativo número de refugiados em seu território. De acordo com o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), o número de refugiados reconhecidos no país aumentou em 12% em 2016. Entre eles, destacam-se os sírios, que fogem dos intensos conflitos que a Síria está vivendo, e os venezuelanos, tendo em vista que a Venezuela enfrenta uma grave crise econômica e política. Entretanto, apesar de permitir a entrada de expatriados no país, o Brasil não oferece cuidados e igualdade para eles, que acabam marginalizados. A expectativa é que esse quadro melhore a partir de novembro de 2017, quando entrará em vigor a Lei de Migração. Além disso, a sociedade brasileira apresenta muito preconceito e discriminação em relação aos refugiados, que pode ser explicado pelo medo que o brasileiro tem de perder seu emprego – em um contexto de crise econômica – para indivíduos fugidos de outros países, já que esses aceitam receber salários menores. Essas constatações podem ser notadas pelos inúmeros movimentos contra imigrantes nas redes sociais e até mesmo nas ruas, como a Manifestação Anti-Imigração que ocorreu na Avenida Paulista, em São Paulo. Salienta-se que a xenofobia também deixa evidente a falta de conhecimento do povo sobre a história do Brasil, visto que a construção da cultura nacional foi dada com a mistura de muitas etnias, desde o período de colonização. Para que os refugiados vivam com dignidade no Brasil, a Conare deve atuar na formação de comunidades que ofereçam a eles comida e moradia. A Conare também deve ficar responsável pelo ensino de língua portuguesa aos expatriados, disponibilizando cursos, para que eles tenham maior facilidade de inserção à sociedade brasileira. Ademais, a mídia deve falar sobre os refugiados em seus programas, para que a população tenha consciência de que eles precisam ser acolhidos.