O Estatuto da Criança e do Adolescente estabelece a todos os menores o direito à segurança e ao bem-estar social. Contudo, no Brasil, quando se pensa no número de crianças desaparecidas, já que são reportagens frequentes nos noticiários, comprova-se que uma parcela da população ainda não desfruta de tal direito. Nessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que corroboram para esse quadro. É indiscutível que as inter-relações entre o indivíduo, a sociedade e o Estado influenciam no drama dessas crianças. Afinal, a instituição da família se mostra muita das vezes desatenta, e o Estado, por sua vez, falha em proporcionar a devida segurança para crianças em espaços públicos. Pois, de acordo uma matéria publicada pela Gazeta, a cada uma hora quatro crianças/adolescentes desaparecem. Dessa maneira, é demostrada a ineficiência das instituições sociais em proporcionar uma segura socialização. Sob esse ponto de vista, é importante destacar que a socialização primária infantil é pautada essencialmente na família. Nesse sentido, segundo o psicanalista Freud, a consciência da criança é particular e restrita aos pais, o que a torna vulnerável. Desse modo, qualquer descuido por parte dos representantes legais pode levar uma criança a ser sequestrada dentro ou fora do domicílio, dentre alguns motivos do sequestro estão: exploração sexual, adoção ilegal ou até mesmo trabalho escravo. Urge, portanto, a necessidade de diminuir drasticamente o número de crianças desaparecidas em território nacional. Logo, cabe aos veículos midiáticos chamar a atenção da família para o excedente de crianças desaparecidas, mostrando que se trata de um problema real que exige maior atenção de todos, e isso pode ser feito por meio de propagandas televisivas ou hipertextos online. Somente dessa forma, será possível ter cuidadores de crianças mais atentos.