Nas mídias virtuais é possível encontrar vários vídeos de experimentos sociais nos quais atores se aproximam de crianças com objetos atrativos, tais como animais ou doces, convidando-as a seguirem esses homens até outro local e a grande maioria os segue. Esses experimentos retratam uma grande problemática social atual que precisa de atenção. No Brasil, cerca de 40 mil crianças e adolescentes desaparecem anualmente sem deixar rastros, de acordo com a Associação Brasileira das Crianças desaparecidas (ABCD). Em primeira análise, deve-se observar o perfil da maioria de desaparecidos e as causas do seu sumiço. Ainda que o problema em questão aconteça com qualquer pessoa, atinge maioritariamente as famílias simples, com pouca representatividade social ou áreas com menor densidade populacional, como pequenos municípios. E as causas estão relacionadas com os responsáveis pelos infantes. Muitos pais não ensinam seus filhos a não conversarem com estranhos ou não enfatizam o suficiente. Além disso, com as redes sociais, muitos adolescentes interagem online com os sequestradores que se passam por amigos virtuais e marcam encontros dos quais esses jovens nunca mais retornam. Outrossim, uma das razões pelas quais as crianças desaparecidas não serem encontradas está no despreparo dos órgãos de segurança pública, que muitas vezes não agem de maneira correta, auxiliando a família a esperarem 48 horas antes de reportar o desaparecimento, o que diminui drasticamente a chance de serem localizadas. Visando reparar essa deficiência, criou-se em 2005 uma lei que determina a investigação imediata desses casos. E também como resposta a ineficiência do sistema criaram-se ONGs (organizações não governamentais), como a “mães da Sé” que auxiliam na busca dessas crianças e adolescentes. Em vista dos argumentos mencionados, objetivando a redução do problema social citado, cabe aos pais e responsáveis ensinarem seus filhos acerca dos perigos de interagirem com estranhos, além de fiscalizarem o que suas crianças fazem no ambiente virtual. Deve-se ministrar palestras nas escolas que enfatizem a importância de se tomar cuidado ao andarem sozinhos e como reagirem em caso de abordagem de estranhos. Cabe também aos órgãos de poder executivo assegurarem o cumprimento de leis, aumentando sua atuação em áreas de maior incidência de desaparecidos, criando força-tarefas que se especializem na proteção e atuem de forma imediata para que com o tempo, o desaparecimento de menores seja um inconivente distante.