Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O drama de crianças desaparecidas no Brasil

Redação enviada em 28/08/2018

A reportagem “Salvador, 2005”, narra com riqueza de detalhes o drama de uma mãe que procura um filho desaparecido numa das maiores cidades do país. Após ir em um supermercado perto de sua residência, Henrique, de 11 anos de idade, nunca mais retornou para casa. 13 anos após o ocorrido, casos como esse ainda ocorrem com frequência no Brasil, devido, sobretudo, a ineficiência dos órgãos de investigação e a um afrouxamento dos vínculos familiares. Inicialmente, cabe ressaltar que não há, no Brasil, atualmente, um aparelhamento estatal adequado à repreensão de crimes contra crianças e adolescentes. Diferentemente dos Estados Unidos, onde o FBI possui uma divisão especializada em investigar desaparecimentos de crianças, no Brasil tal missão fica a cargo das delegacias de polícias convencionais, as quais, diante do grande número de crimes a investigar, não conseguem atender os casos de desaparecimentos de infantes com a celeridade necessária. Sendo assim, é imperativo que sejam realizados investimentos, de modo a qualificar a polícia brasileira na prevenção e investigação dessa modalidade criminosa. Paralelamente a isso, predomina na atualidade um afrouxamento dos vínculos afetivos entre os integrantes da família. Tal afirmativa encontra respaldo na teoria da “modernidade líquida”, cunhada pelo pelo sociólogo polonês Zygmunt Bauman, segundo a qual a multiplicidade de novas formas de relacionamento, como as redes sociais, tornam os vínculos entre os indivíduos mais frágeis. Dessa forma, afetivamente distantes dos pais, crianças se tornam alvos mais fáceis de criminosos. Diante disso, é fundamental que seja realizado um debate a respeito do papel da família na sociedade contemporânea. Dessarte, a fim de reverter esse cenário, medidas necessitam ser tomadas. Ao Congresso Nacional, cabe aprovar novos investimentos nas forças policiais, após debates realizados com a sociedade civil organizada e com especialistas em segurança pública, nos quais as ações prioritárias seriam delimitadas, de modo a tornar as investigações de desaparecimentos de crianças mais ágeis e precisas. Além disso, ONGs devem promover peças publicitárias, a ser veiculadas nas redes sociais, com o intuito de alertar para o risco que o distanciamento afetivo entre pais e crianças representa para a segurança dos menores. De tal forma, casos como o do garoto Henrique ficaram restritos apenas ao universo literário.