No ano de 2007, o mundo tomou conhecimento e permaneceu em choque com um dos mais notáveis e terríveis casos de desaparecimento de uma criança: o sumiço de Madeleine Mccann na Grã-Bretanha. No Brasil, entretanto, o drama de crianças desaparecidas, infelizmente, se faz presente e é, sem dúvidas, uma fatalidade evitável. Com efeito, é pertinente identificar os fatores que contribuem com a existência desse cenário, a fim de saná-lo. A princípio, nota-se que a negligência parental contribui com o sumiço de seres humanos no período da infância. Isso porque em ambientes com aglomerados de pessoas, por descuido, muitos dos adultos responsáveis pelos mais jovens acabam perdendo-os de vista. Prova disso são os constantes avisos proferidos por artistas no palco, em que é feito um alerta sobre crianças perdidas em meio a festas. Desse modo, o fruto de tamanha imprudência é o desespero e medo, muitas vezes enfrentados pelo resto da vida por aqueles que vivenciam tal situação. Por outro lado, a conduta brasileira diante do desaparecimento de crianças influi no drama dessa problemática. Nos Estados Unidos, por exemplo, as primeiras 48 horas são fundamentais para encontrar a criança e a melhor atitude é a de informar os órgãos responsáveis pela busca. Infelizmente, no Brasil, isso não acontece, já que prevalece a ideia de que se deve esperar 24 horas para avisar a polícia. Dessa forma, a lei 11.259 que determina a investigação imediata em caso de desaparecimento de crianças e adolescentes permanece na inutilidade. Assim sendo, é indispensável a adoção de medidas capazes de erradicar a questão do desaparecimento de crianças no Brasil. Posto isso, seria de grande utilidade que a comunidade, em parceria com as instituições de ensino, promovesse encontros entre país e responsáveis, em que, mediante a ministração de aulas educativas, profissionais capacitados possam orientar essas pessoas sobre a conduta prudente que se deve adotar diante de situações envolvendo a possibilidade de um desaparecimento de uma criança. No mais, é crucial que o Governo Federal, por meio da publicidade, divulgue constantemente a existência da lei 11.259, com o propósito de desconstruir a ideia de que se deve esperar 24 horas para denunciar um desaparecimento infantil.