A pureza e inocência naturais de toda criança as tornam em um ícone de inspiração para os adultos por diversas vezes, porém essas mesmas características fazem com sejam alvo dos crimes mais dolorosos que podem existir para uma família: sequestro, estupro e até tráfico dos órgãos dos jovens. A problemática é real e deve-se, além de identificar as raízes do problema, combatê-la de forca eficaz no âmbito atual como também na prevenção. Primeiramente, faz-se necessário perceber a causa de todo o problema: o adulto que durante a infância foi vítima de abuso sexual. Os sequestradores de crianças, em sua maioria, sofrem de transtornos psiquiátricos causados por abusos sofridos no passado e na maioridade buscam uma forma de “vingança”, assim como foi o caso do “maníaco do parque” cujo foi molestado pelo padrasto quando criança e quando adulto, praticou o sequestro e estupro de mulheres e crianças. É importante, também, notar que, acima de qualquer transtorno mental, o sequestrador é um criminoso. A existência de alterações psíquicas em uma pessoa não pode a eximir completamente das reponsabilidades como cidadão. O responsável por crimes de sequestro não deve ser somente preso ou internado em clínicas psiquiátricas, mas deve ser encarcerado e acompanhado para que, se possível for, volte para a sociedade como uma pessoa recuperada e incapaz de cometer tais delitos. Fica claro, portanto, que a raiz do problema se encontra em traumas causados pela mesma situação que ocorrera na infância do criminoso, ou seja, torna-se um ciclo vicioso que só terá um fim ou amenização a partir da ação do Estado que, por meio dos Ministérios da Segurança e da Saúde, deve atuar na identificação, auxílio psicológico e extração do causador da sociedade, pois, assim como o berne da mosca não se reproduz sem o meio orgânico, o sequestrador e estuprador não faz mal se estiver isolado da sociedade.