É inquestionável que o Estado brasileiro mostrou-se incapaz de manter a segurança das crianças e dos adolescentes. Nesse contexto, o aumento do número de sequestros para os fins mais deploráveis como estupro, prostituição, e trafico de órgãos, tem deixado famílias incertas se suas crianças se desenvolverão em um ambiente tão cruel e inseguro. É perceptível que a indo posição inadequada do Poder Público, somado à despreocupação familiar, tem sido responsáveis pela retirada desses pobres indefesos do seio familiar. Em primeira análise, a falta de informação e articulação entre as instituições públicas e privadas prejudica a elucidação de casos de desaparecimento. A exemplo disso, a existência de uma mística de que os familiares devem esperar 24 horas desde o desaparecimento tem atrapalhado as autoridades, em contraste com essa realidade, a lei 11259 determina a busca imediata de crianças e adolescentes. Convém resaltar que a demora em divulgar os desaparecidos, nos meios de comunicação, dificulta a participação da sociedade na elucidação dos casos. Outrossim, não existe uma punição exemplar, segundo o site desaparecidos no Brasil em 2011 foram registados 2800 casos de desaparecimento e ouve apenas 9 condenações, condisão essa, que apenas aumenta o numero de casos de desaparecimento. Ademais, convém lembrar que a instabilidade familiar e o despreparo dos pais contribuem para o aumento do número de desaparecidos. Assim sendo, crianças que sofrem abuso sexual ou violência física podem vir a fugir de casa, e tendo em vista sua imaturidade, se torna presa fácil na mão de pessoas mal-intencionadas. Além do mais, no ambiente virtual, cresce exponencialmente o número de sequestradores que ludibriam crianças de pais desatentos acerca do conteúdo visualizado pelo menor em redes sociais como facebook em que os criminosos podem facilmente escolher sua vítima. Torna-se evidente, portanto, que haja estratégias, em conjunto com todos os seguimentos sociais, visando a resolução dos casos de desaparecimento infantil. Primeiramente, cabe ao Poder Legislativo colocar em vigor uma lei que obrigue a mídia a noticiar de modo emergencial as crianças desaparecidas naquela localidade, de modo que a população saiba do ocorrido e possa auxiliar a Polícia em buscas mais aprofundadas com a finalidade de solucionar os casos em suas primeiras horas. É relevante, também, que o Poder Executivo promova campanhas a fim de auxiliar pais e familiares a lidar com os novos riscos presentes na vida de uma criança decorrente do acesso à internet, por meio de palestras com profissionais especializados e a massificação do incentivo à denúncia.