A Constituição Federal de 1988 assegura a todo indivíduo o direito à segurança. Entretanto, ao analisar o crescente número de crianças desaparecidas, no Brasil, verifica-se que essa asseguridade é constatada na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsicamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar as principais causas e possíveis soluções para esse impasse. Primordialmente, é controvertível que a questão legislativa e sua aplicação esteja entre as causas do problema. De acordo com o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. A partir desse ponto de vista, é possível perceber que, a situação vigente rompe com a harmonia proposta pelo estudioso, visto que apesar de o país possuir uma ampla quantidade de leis que beneficiem as crianças, como por exemplo o Estatuto da Criança e do Adolescente, elas aparentam estar apenas no papel pois a sua efetivação não é constatada em todo o território nacional, uma vez que nas cidades interioranas pouco se sabe da existência delas, o que acaba acarretando o sumiço de muitas crianças. Outrossim, destaca-se o contato com o mundo virtual precoce que muitas crianças estão tendo como outro fator motivador da problemática. Estando em meio ao que muitos estudiosos denominam de 3º Revolução Industrial, vários aparelhos tecnológicos foram e estão sendo criados, a velocidade das comunicações está sendo aumentada e com isso as crianças acabam se tornando cada vez mais frágeis e suscetíveis ao desaparecimento. Nessa conjuntura, é visível a necessidade de os responsáveis reprimirem o uso abusivo das novas tecnologias para que o número de pequenos desaparecidos venha a diminuir progressivamente. Desse modo, é notório que o drama de crianças desaparecidas necessita de soluções. Portanto, cabe aos órgãos do Poder Executivo, fiscalizar o cumprimento das leis, por meio da ampliação dos pontos de sua atuação, não se restringindo apenas aos grandes centros urbanos, como também nos municípios de densidade populacional menores, objetivando a plena efetivação das normas que regem o Estado e a mitigação do problema abordado. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que não sejam tão dependentes dos aparatos tecnológicos vigentes, no intuito de torná-los mais atentos e afastá-los das más influências. Assim, será possível a construção de uma nação na qual a segurança das crianças seja garantida, de modo que se desenhe um futuro melhor.