Nos dias atuais, as estatísticas da segurança pública apontam para dados alarmantes, o alto número de assassinatos, sequestros, além do outros crimes, torna a população refém de circunstâncias semelhantes a contextos de guerra. No tocante às crianças, todavia, sua inocência muitas vezes as poupa de preocupações excessivas, típicas do mundo adulto, isso - aliado à sua fragilidade física - acaba, infelizmente tornando-as alvos mais fáceis de criminosos, aumentando os casos de desaparecimento. Em uma situação idealizada, a infância é um período de aprendizado, descobertas, divertimento e proteção. No entanto, em países como o Brasil, em que uma gigantesca gama de problemas sociais, econômicos e políticos afeta negativamente a vida da maior parte da população, nem mesmo as crianças ficam alheias ao caos da segurança, tanto em meio urbano, quanto rural. Sendo assim, o desaparecimento de crianças no Brasil é hoje um enorme percalço nas mãos das autoridades. Mesmo que não aparente, o ramo do tráfico de pessoas para exploração sexual de menores é extremamente lucrativo, aspecto esse que em muito contribui para as estatísticas. Porém, é preciso atentar para o fato de que a maior parte dos casos de desaparecimento está relacionada a crimes de estupro e assassinato, o que comprova que a questão está refletindo um contexto de maiores proporções. Levando esses aspectos em consideração, fica claro que uma proposta de intervenção efetiva envolve necessariamente uma melhoria na segurança pública nacional como um todo. Ainda assim, tendo em vista mais especificamente a problemática do desaparecimento de crianças, é de bom tom um maior investimento no ramo investigativo das polícias. Cabendo ao Estado, tanto em esferas federais, quanto estaduais e municipais, essa medida tornaria a polícia mais dinâmica e eficiente, diminuindo o tempo em que os casos são solucionados e evitando novos desaparecimentos, mitigando esse drama nacional.