Funcionando como a Lei da Inércia, descrita por Isaac Newton, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em seu movimento até que uma força suficiente atue sobre ele e mude seu percurso, o desaparecimento de crianças no Brasil é um infortúnio que persiste. Com isso, ao invés de funcionar como a força suficientemente capaz de alterar o rumo desse problema, fatores governamentais acabam contribuindo com a situação atual na sociedade tupiniquim. Em uma hodierna reportagem postada no Portal de Notícias do Senado Federal, foi constatado que o Brasil possui cerca de 50 mil crianças desaparecidas por ano. No entanto, esse número poderia ser bem menor se o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, implementado em 2010 pelo Ministério da Justiça, contribuísse para a busca desses menores. Posto que, seria através dele que as polícias se manteriam informadas sobre dados dos desaparecidos. Outrossim, a Revista VEJA publicou que o site em questão não abriga nem 1% do total de crianças desaparecidas. Da mesma maneira, indícios divulgados pelo portal G1 sugerem que crianças desaparecem em razão de se tornarem vítimas de trabalho escravo, exploração sexual, tráfico de órgãos e adoções ilegais. Isto posto, é profundamente imprescindível efetivar a atividade do site para otimizar as buscas. Dessarte, diante das circunstâncias, é necessário que o Ministério da Justiça mantenha o site atualizado diariamente e divulgue-o em uma campanha permanente de prevenção a desaparecimentos de crianças. Do mesmo modo, o Poder Executivo deve notificar, por meio eletrônico, o Ministério da Justiça sobre novos desaparecimentos utilizando o site de cadastro, assim, facilitará o rastreamento em aeroportos, rodoviárias e fronteiras. Decerto, com a cooperação e fiscalização efetiva, o Governo brasileiro funcionará como a força descrita por Newton e mudará o itinerário deste problema que aflige o país, da persistência para a extinção.