É de conhecimento geral que, desde o Iluminismo, uma sociedade só se sobrevém quando ocorre a flexibilidade social contra as adversidades que ameaçam o próximo. Conquanto, quando se observa o exponencial número de jovens sendo diariamente vítimas do desaparecimento , percebe-se que esse ideal iluminista é constatado apenas na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país.Desse modo, hão de ser analisados os problemas promovidos por tal postura negligente. Mormente, é incontrovertível que a questão constitucional advindo da sua aplicação estejam entre as causas do problema. Aristóteles, filósofo grego, afirmou que o dever da política é encontrar o equilíbrio por razão da justiça. À vista disso, é possível perceber que, no Brasil, os constantes casos de desaparecimento infantil rompe com essa harmonia, visto que, embora a Lei da Busca Imediata tenta sido de grande marco no que tangência o reaparecimento das crianças, existem falhas que permitem a ocorrência de novos casos, como os intensos casos de adolescentes sumidos sem orquestrar rastros.Logo, é paradoxal que ainda haja o ferimento de um direito constitucional grave: o direito à proteção infantil. Concomitantemente com as falhas governamentais, coexiste a falta da flexibilização do corpo social como impulsionadora da problemática. Desde a Era da Luz entende-se que a fraternização é um pilar de uma sociedade para desconfigurar certas problemáticas. Ao encontro dessa realidade, quando se observa os pilares basais da nação brasileira se percebe a falta dessa característica, tendo em vista que, segundo dados da Gazeta do Povo, a cada 15 minutos uma criança desaparece no Brasil devido à falta de atenção da sociedade. Com isso, há de ser necessário que ocorram mudanças no contexto sociocultural da nação canarinha. Em face dessa realidade, é ilógico que os entraves combatam na solidificação de políticas que visem efetivar a segurança da criança.Portanto, a fim de desconfigurar esse empecilho, ao Ministério da Segurança Pública cabe, por meio das Polícias civis e militares, criar postos de inteligência em locais de constantes casos de desaparecimento, como em favelas, para combater criminosos que praticam tais atos.De outra parte, a mídia, quarto poder, deve, em novelas e comerciais, elaborar conceitos que tenham por objetivo suscitar e desenvolver a conscientização popular em prol da segurança infantil para que o tecido social se desprenda dessa problemática. Com essas características engendradas, talvez os pilares iluministas se tornem base da sociedade brasileira.