O Brasil por vezes foi tratado pela história e pela literatura como um país constituído por um povo hospitaleiro e amigável, porém essa realidade não permanece nas redes sociais. Nesse contexto, a sociedade brasileira, atualmente, se depara diariamente com os discursos de ódio disseminado no meio virtual. Dessa forma, essa problemática apresenta um cenário desafiador que urge por soluções eficazes. Inicialmente, nota-se que os discursos de ódio são utilizados com a finalidade de insultar e desrespeitar indivíduos em virtude de religião, orientação sexual, raça, gênero e entre outro. De acordo com o site O Globo, entre abril e junho de 2017, foram identificadas quase 400.000 menções, sendo 84% delas com abordagem negativa. Isso ocorre devido à capacidade de expressão que o indivíduo expeli por meio de textos agressivos que contrariam os direitos humanos sem receber nenhuma punição devida. Logo, torna-se necessário enfrentar esse problema como um crime e punir aqueles que cometê-lo. Ademais, cabe ressaltar que tais discursos torna a sociedade cada vez mais intolerante, uma vez que a falta de interação física provocada pelas redes sociais diminui a empatia dos indivíduos. Segundo Zigmunt Bauman, o sociólogo polonês, em seu livro Modernidade Líquida, as relações interpessoais foram interferidas na sociedade atual com o surgimento de novas tecnologias. Um exemplo disso, é o aumento de mensagens racistas e homofóbicas em perfis famosos, como do cantor Pablo Vittar e da jornalista Maju Coutinho. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental. Destarte, é necessário combater o discurso de ódio nas redes sociais. Para que isso ocorra, é essencial que o Poder Legislativo crie leis a fim de tornar o discurso de ódio um crime e punir quem cometer esse ato. Outra solução seria o trabalho conjunto de moderadores de sites, como Facebook e Twitter em parceria com o Estado, com o intuito de monitorar mensagens preconceituosas. Dessa maneira o Discurso de ódio será combatido.