O Marco Civil da Internet foi sancionado pela ex-presidenta Dilma Rousseff, em 2014, na tentativa de regularizar o uso da Internet no Brasil criando normas, direitos e deveres. Entretanto, mesmo com uma lei vigorando no país, crimes nas redes sociais continuam presentes, hodiernamente, por meio de discursos de ódios munidos de preconceitos e estimulador de violência. Nesse sentido, a facilidade de opinar por traz de uma tela é um fator determinante para a continuação de tal problemática resultando em graves consequências. É importante ressaltar que, tornou-se fácil expor um conteúdo criminoso nas redes virtuais, muitas vezes, no anonimato do que presencialmente. No livro do Eça de Queiroz, “A cidade e as serras”, há uma nítida crítica ao cotidiano urbano e as inovações tecnológicas. De fato, como é exposto no livro, os meios tecnológicos trouxeram vários aspectos negativos para a sociedade. Diante disso, é o notório o excesso de liberdade de expressão nas redes sociais, em muitos casos, tem caráter discriminatório, como por exemplo, sátiras maliciosas contra a população LGBT e negros. Logo, disseminar discursos de ódio pela intenet, onde o criminoso não está de frente com a vítima, há um sentimento de impunibilidade. Nesse viés, a rápida proliferação desses textos, como em uma cultura de bactérias na biologia, constantes no cotidiano é capaz de influenciar comportamentos. Dessa forma, em meio a textos maliciosos é possível a formação de um grupo social com danos psicológicos, no caso das vítimas, e violento no caso dos agressores. Nesse panorama, o sociólogo Emile Durkheim, defende a ideia da “coercitividade” na qual muitas pessoas assumem atitudes por influencias. Sob tal perspectiva, quem já tende a ser violento, em meio à inúmeras manifestações de indução ao conflito no Facebook ou Intagram, é capaz de praticar mais ainda atos contra minorias como os homossexuais. Fica claro, portanto, que a internet deu força para os preconceituosos disseminarem conteúdos de ódio nas redes sociais. Nessa perspectiva, faz-se necessário que o Governo seja mais rigoroso com a aplicação do Marco Civil da Internet em conjunto com a Constituição Federal de 1988, que defende a igualdade. Tal medida precisa ser efetivada com a punição rigorosa dos criminosos além de uma maior fiscalização dos conteúdos presentes nas redes. Ademais, tal punição poderia vim com o corte da Internet de residências onde, por meio de rastreio, foram encontradas mensagens agressivas. Isso deve ser feito afim de minimizar essas práticas e dirimir os aspectos negativos visto por Eça de Queiroz.