O discurso de ódio é caracterizado por uma mensagem que busca promover a incitação à discriminação, hostilidade e violência contra uma pessoa ou grupo em virtude de raça, religião, nacionalidade, orientação sexual, gênero, condição física ou outra característica. É utilizado para insultar, perseguir e justificar a privação dos direitos humanos e, em casos extremos, para dar razão a homicídios. Dessa forma, devem-se analisar os desafios que o país encontra para poder reduzir o discurso de ódio nas redes sociais. Primeiramente, cabe ressaltar que após o fim da Primeira Guerra Mundial, a ascensão do Nazismo trouxe também o aumento do preconceito aos judeus, como forma de impor a supremacia ariana. Diante disso o término da Segunda Guerra aumentou a necessidades de uma legislação que suprima o discurso de ódio. Entretanto, com a chegada da internet o anonimato auxiliou a emergir pensamentos, cujo fora da internet é crime há vários anos. Assim, o desenvolvimento tecnológico mostra-se como causa para o aumento do problema. Além disso, a falta de interação física provocada pelas redes sociais diminui a empatia dos indivíduos. Segundo Zigmunt Bauman, sociólogo polonês, em seu livro Modernidade Líquida, as relações interpessoais foram interferidas na sociedade atual com o surgimento de novas tecnologias. Um exemplo disso, é o aumento de mensagens racistas e homofóbicas em perfis famosos, como do cantor Pablo Vittar e da jornalista negra Maju Coutinho. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para transpor as barreiras tecnológicas. Diante dos fatos supracitados, é imprescindível o combate do discurso de ódio nas redes sociais. É fundamental que o Poder Executivo em parceria com a Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), fiscalize as redes sociais para punir devidamente os culpados. Concomitante, o mesmo deve realizar campanhas midiáticas, incentivando o respeito a todos tal como prevê a Constituição, colocando um número de telefone para o qual se deve ligar em caso de denúncia de algum comentário hostil, a fim de que um departamento da polícia fique responsável pelo desativamento das contas dos acusados para que assim a internet se transforme em um espaço civil.