Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 29/09/2018

Em 1940, o escritor austríaco Stefan Zweig, mudou-se para o Brasil e, deslumbrado com o potencial do lugar, escreveu o livro "Brasil, o país do futuro". Todavia, hodiernamente, quando se observa as proporções do discurso de ódio nas redes socias, percebe-se que o prenúncio não saiu do papel. Dessarte, é preciso entender como o individualismo humano e a ausência de punição contribuem para a problemática. Em primeiro plano, de acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, em sua obra "Modernidade Líquida", o individualismo é uma das principais características da pós-modernidade. Nesse sentido, os indivíduos estão cada vez mais insensíveis em relação as diferenças do outro - sejam elas de orientação sexual, cultural ou política - o que se torna um paradoxo, uma vez que a tecnologia e as novas formas de comunicação partem da premissa de aproximar as pessoas. Dessa forma, os internautas usam as redes sociais e se escondem através de telas para discriminar e insultar, pois pressupõem que virtualmente não haverá consequências e, infelizmente, é o que acontece na maioria das vezes. Comitantemente, é necessário destacar que, apesar da constituição garantir a punição para discriminações, não há uma legislação para crimes de ódio. Isso favorece a recorrência dessa prática, haja vista que segundo o jornal "O Globo" houve um aumento de 84% as menções de cunho negativo, mas as denúncias diminuíram, o que demonstra que há uma descrença quanto ao fator punitivo. Dessa maneira, nota-se que a população brasileira, apesar de ser conhecida por estrangeiros por seu acolhimento e simpatia, na prática, desconhece a linha tênue entre liberdade de expressão e discurso ofensivo e intolerante contra a sua nação. Torna-se evidente, portanto, a necessidade de reverter o cenário retratado, tomando as devidas soluções. O Poder Legislativo, deverá criar uma lei que pune o discurso de ódio em redes sociais, por meio de discussões no Congresso Nacional, a fim de diminuir a recorrência dessas práticas. Outrossim, as redes sociais deverá incluir a proibição de tal práticas em suas diretrizes, de forma que o perfil seja bloqueado temporariamente e caso ocorra novamente, resulte na exclusão da conta do indivíduo. Nessa conjuntura, talvez, a profecia de Zweig torne-se realidade.