Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 26/09/2018

O século XX fora marcado pela revolução na área industrial e pelo avanço científico e tecnológico. A internet, com a era digital, trouxe mudanças nas relações interpessoais e reverbera a dinamização da globalização pós 1990. Entretanto, hodiernamente, ações como discurso de ódio nas redes sociais enfatiza o viés da inversão de valores morais na sociedade capitalista moderna, em que a ofensa gratuita tornou-se comum pelo ideário competitivo. Dessa forma, esse cenário provém não só da inoperância estatal, através da deficiência de medidas, como também ao individualismo moderno que, indubitavelmente, é um impulsionador do problema. Em primeira análise, é relevante ressaltar que a inércia estatal, perante a falta de leis punitivas para o crescente discursos injuriosos nas organizações sociais tecnológicas, dificulta a sua escassez no cenário atual. A sociedade capitalista, além da exploração em massa, fomenta a competição entre os próprios indivíduos, com objetivo de aguçar o sentimento de superioridade através de xingamentos e ofensas na internet. Assim, é concretizante afirmar que, grande parte dos internautas brasileiros, obtêm a concepção errônea de que as redes sociais são espaços integracionistas sem supervisão de órgãos públicos - pela falta de leis ou meio punitivos - , ou que disseminar preconceitos virtualmente tem um peso menor comparado a fora das telas de computadores. Com isso, fica claro que a inexistência de responsabilidade virtual entre a população brasileira e a persistente inoperância estatal são importantes causas para a concretização desse problema, enfrentando empasses difíceis para superá-lo. Outrossim, é imprescindível afirmar que o individualismo da sociedade moderna é o principal motivo da propagação da aversão virtual. Consoante Zygmunt Bauman, nos campos sociais do século XXI, as relações interpessoais são fluídas, passageiras e inconstantes graças ao imediatismo moderno, em que o conceito de respeito, empatia e piedade, repugnância ao ver o sofrimento alheio, são reformulados e utilizados inversamente. O fato de as pessoas, em geral, serem configurados como públicas ao utilizar aplicativos de relações virtuais, tornou-se justificativa para serem passíveis à "críticas" advindas de qualquer meio. Portanto, é possível dizer que, ao analisar esse problema no Brasil, a principal consequência presente trata-se do crescimento da naturalização do ódio pela sua constante prática, tornando-se um fator cultural. Logo, fica evidente a necessidade e a urgência de meios para a amenização dos discursos de ódio nas redes sociais. Cabe ao Estado, na figura do Poder Legislativo, a criação e o desenvolvimento de leis para a punição - que ocorrerá por intermédio das denuncias das vitimas - daqueles que fomentam a prática do ódio em espaços comunicativos, objetivando diluir tais ações, contribuindo para que toda a população o interprete como um repúdio aos valores morais. Ademais, compete à Mídia televisiva, mediante a discussão do problema supracitado em novelas e comerciais, a construção do pensamento crítico por via do saber para o desenvolvimento de uma sociedade que prevaleça o respeito e a empatia.