Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 06/08/2018

A liberdade de expressão é assegurada pelos direitos humanos. Desde que, a mesma não fira os direitos dos outros. Entretanto, o discurso de ódio tem extrapolado essa liberdade de opinião, tendo as redes sócias como uma maneira de ampliar pensamentos negativos, das mais diversas formas de preconceito. Tal comportamento só colabora com a persistência da problemática, intrinsecamente ligado à realidade do país. Seja pela, falta de impunidade aos responsáveis pela propagação dessas informações, seja pelo caráter preconceituoso do Brasil. Em primeiro plano, a internet tem se tornado uma ferramenta para se expressar. Porém, constantemente notam-se casos de violência moral, onde as pessoas são criticadas pela raça, orientação sexual, sexo e por outras características. É importante ressaltar que, alguns indivíduos aproveitam do anonimato para postar o que quiser, sem que sejam punidos por isso. Por exemplo, no caso da jornalista Rokhaya Diallo, que recebeu um comentário que a deixou bastante incomodada, em que alguém comentou: “Alguém tem que estuprar a idiota Rokhaya. Assim o racismo acaba”. Infere-se, portanto, que as redes sociais são como se fosse, “terra de ninguém”, pois, ninguém sabe quem está detrás das telas e essas pessoas podem causar muitos danos psicológicos a outras. No entanto, esses meios de comunicação podem de deletar ou até descobrir de onde vem esses comentários pejorativos, mas, não o fazem. Destacando a falta de impunidade aos responsáveis e a negligência por parte das redes sócias, sendo necessário o asseguramento dos direitos de cada um. Haja vista que, como diz o ditado popular: “O seu direito acaba quando o do outro começa”. Outrossim, a Europa criou uma lei que puniria o Facebook, caso eles não excluíssem conteúdos de cunho preconceituoso. Todavia, essa medida por mais que ajude em parte, só encobre o caráter intolerante do Brasil. No documentário francês “O ódio na internet”, Rokhaya Diallo questiona: Será que o caminho legal é a melhor solução? “Posto que proibir, ou mesmo punir a expressão da raiva não acabará com ela”. Tendo isto em vista, é indubitável que o país sempre teve um pensamento retrógrado sobre os diferentes segmentos sociais, manifestada, muitas vezes, através de piadas e sátiras, que no fundo, só reafirma o preconceito impregnado na sociedade brasileira. Logo, a solução mais eficaz é a educação. É evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Desse modo, o ministério da educação pode promover palestras, apresentações teatrais nas escolas a respeito dos impactos gerados pelo discurso de ódio e mostrando a importância do respeito a cada pessoa, com a ajuda do orçamento público e através dos educadores. Ademais, a mídia pode criar campanhas educativas e informativas, explorando os efeitos de postagens maldosas nas redes sociais, através dos diversos meios de comunicação, inclusive da internet, para que haja uma conscientização por parte dos usuários. E por fim, a criação de uma lei, como a que foi feita na Europa, que processem as redes socias que não apagam publicações ofensivas que são denunciadas, pelo poder legislativo, diminuindo o constrangimento das pessoas que sofrem esses comentários. Assim, poderemos caminhar para um país tolerante e que tenha a educação e o respeito como base.