Segundo uma pesquisa realizada pelo site Brasil Escola, no ano de 1988, a Internet chegou ao Brasil por meio do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), sendo utilizada inicialmente em setor acadêmico e só em meados de 94 passou a ser destinada a usuários domésticos e empresas. Em seguida, obtiveram a ascensão das redes sociais, abrindo portas para uma interação em nível mundial, promovendo facilidade na comunicação a distância e o contato com diversos grupos de pessoas. Entretanto, a desenvoltura proposta pelos meios sociais trouxe consigo a disseminação de discursos de ódio, provocando uma espécie de hostilidade coletiva. Diante disso, deve-se analisar como a ausência de empatia e a omissão de campanhas e leis efetivas causam a problemática em questão. Em primeiro plano, a falta de empatia enraizada na sociedade desenvolveu ao longo dos séculos uma inclinação à despreocupação com o bem-estar do próximo e a incitação à violência, seja ela física, moral ou psicológica, evidenciando um aumento significativo no número de pessoas que atacam as outras por intermédio de palavras e comparações ofensivas por meio de plataformas sociais. De acordo com o sociólogo polonês Zygmunt Bauman, a modernidade líquida configura indivíduos voltados para o individualismo, a fluidez e a efemeridade das relações, enfatizando a carência de identificação de uma pessoa com a outra. Em seguida, a possibilidade do anonimato encoraja a prática de discursos agressivos. Além disso, a imediatez da internet, em conjunto com o alcance proporcionado por ela, acaba favorecendo postagens desagradáveis que circulam por todo o mundo, como a que ocorreu com a filha adotiva de Bruno Gagliasso e Giovanna Ewbank. A socialite brasileira Day McCarthy que, supostamente, mora no Canadá, postou um vídeo cometendo ofensas raciais contra a menina de quatro anos. Eventualmente, atitudes como essas são descartadas e impunes devido a inexistência de leis e órgãos públicos destinados ao combate de determinadas ações que prejudicam outrem. Assim sendo, os agressores acabam agregando em si um sentimento de coragem para praticar os feitos anteriores, já que, normalmente, não sofrem nenhuma consequência. Fica clara, portanto, a necessidade de implementação de campanhas para espaços virtuais dominados pelo discurso negativo, que visem despertar o respeito e a empatia ao próximo. Além de que, por meio da mídia, que tem grande influência sobre a população, devem ser realizadas propagandas que incentivem a denúncia de qualquer prática horrenda, como anúncios e matérias que abordem o assunto e expliquem como as pessoas podem denunciar as agressões, além de criar uma equipe qualificada acompanhando os fóruns sociais. Ademais, os espaços sociais devem disponibilizar filtros automáticos que barrem determinadas expressões e programas que alertem à polícia dos servidores que publicam mensagens hostis. Dessa forma, as redes sociais se tornarão livres de ações maldosas e preconceitos.