Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 03/04/2018

Sentar em uma das praças públicas de Atenas e discutir os assuntos relacionados à vida da cidade era o cotidiano de diversos atenienses por volta do século V a.c. Partindo desse pressuposto histórico, é certo que os avanços tecnológicos na comunicação propuseram que a troca de informação aperfeiçoa-se de tal forma que não fosse necessário reunir-se nos centros municipais para expressar ideologias. No entanto, esse meio moderno chamado internet possibilitou que idéias divergentes com a moralidade ganhassem destaque, de modo que, sua propagação chegasse a milhares de pessoas. Em decorrência dessa realidade, o discurso de ódio no meio virtual é uma problemática recorrente, ocasionada tanto pelo anonimato nas redes sociais, quanto pela imparcialidade de expressão. Em uma primeira abordagem, é importante ressaltar a questão do anonimato nas redes sociais como fator primordial na persistência de manifestações discriminativas. Isso se dá, principalmente, uma vez que pessoas de má índole criam contas falsas para divulgarem opiniões preconceituosas a fim de prejudicar o próximo. Para se ter uma idéia dessa conotação, uma conta falsa da ex-vereadora Mirelle Franco, vítima de um atentado, esteve disponível no site Facebook por vários dias divulgando mensagens racistas contra sua pessoa. Com isso, ao considerar os referidos aspectos torna-se primordial das empresas cibernéticas reverem suas fiscalizações nas páginas virtuais, já que mensagens de ódio acometem esse benéfico meio social, fato o qual correlaciona com a prática de bullying virtual (Cyberbullying). Em uma segunda abordagem, é relevante enfatizar que a imparcialidade de expressão colabora na problemática de inúmeros comentários ofensivos. Ao levar em consideração essa perspectiva,é essencial situar que na antiguidade, a propagação da informação era dificultosa, Martinho Lutero, por exemplo, teve que pregar suas 95 teses na igreja de Wittenberg para que as pessoas da época tivessem acesso ao seu posicionamento pessoal do catolicismo. Já no cenário atual, a manifestação virtual é instantânea, o que na maioria dos casos, essa informação é pouca apurada. Um exemplo claro disso veio a tônica nos meios midiáticos de uma desembargadora do Rio de Janeiro por postar numa rede social uma declaração discriminativa contra uma professora portadora de síndrome de Down. Portanto, é necessário considerar a finalidade da opinião para que não tome proporções negativas para o usuário transceptor. Fica claro, em suma, que o discurso de ódio nas redes sociais transfigura uma moderna problemática social persistente, seja pelo anonimato desses meios virtuais, seja pela imparcialidade na exposição das opiniões. Desse modo, a fim de atenuar a temática, o Ministério da Justiça, deve sancionar a reavaliação do Marco Civil da internet por meio de audiências públicas, dado que lacunas na legislação federal proporciona que criminosos espalhem falácias, como abordado nas concepções anteriores sobre as contas falsas que não são combatidas efetivamente. Por outro lado, cabe ao setor empresarial responsável por esses sites aperfeiçoar a criação das contas virtuais, exigindo o cadastramento da numeração nacional individual do usuário para facilitar a identificação pela Policia Federal o indivíduo responsável por mensagens discriminativas.Assim, sendo tomadas as medidas necessárias, haverá um meio social seguro para manifestar as indagações pessoais assim como era na antiguidade ateniense.