Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 26/03/2018

"Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.", disse Albert Einstein em um mundo sem internet. A frase é ainda mais impactante sob a ótica da realidade atual, em que pessoas se agridem por meio de ferramentas que deveriam servir para uni-las e para trazer progresso à mesma humanidade que se degrada nas redes sociais. É inegável que advento da internet trouxe inúmeras facilidades para a vida moderna. Por meio dela, pode-se estudar, resolver problemas e conectar pessoas, porém, há quem faça mal uso do ambiente virtual democrático e acaba por cometer crimes que se propagam com a rapidez de um clique no mouse. É comum encontrar manifestações de racismo ou de preconceito de gênero nos espaços destinados aos comentários que seguem as notícias, lugar onde o agressor, escondido atrás do computador assim como o motorista ao volante, pensa que é somente seu e todos devem respeitá-lo e se submeterem à ele. Os motivos que fazem o problema ser pior no Brasil são a intolerância evidenciada pelo elemento em comum entre várias discussões em redes sociais: o próprio ódio, e a falta de punição dos envolvidos no crimes virtuais, principalmente nos de injúria racial. Entretanto, ainda que haja previsão na Constituição Federal de 1988, não existe tipificação para esse crimes, nem por analogia, já que o Código Penal é da década de 1940. No entanto, é evidente que a sensação de anonimato somada a de impunidade somente agravam o problema cuja origem está na falta de educação do povo, que não sabe debater sem brigar, não sabe ouvir e não conhece a realidade de seu próprio país, quanto mais do mundo. O brasileiro não lê e não pensa sobre o que falar, mas isso não o impede de emitir seu julgamento quando tem a possibilidade, no caso, nas redes sociais. O resultado não poderia ser diferente. Portanto, conforme disse Kant "O ser humano é aquilo que a educação faz dele.", o brasileiro precisa ser educado na escola, em casa, no trabalho e na internet. Mídias sociais devem fazer campanhas de conscientização sobre o assunto. Escolas devem trabalhar, também, com diversificação cultural e com temas polêmicos como a identidade de gênero, para que os futuros adultos não sejam intolerantes como os atuais. No tocante à punição, deve-se adaptar o Código Penal para a realidade atual e, se possível, reforma-lo para que agressores virtuais possam responder pelos seus crimes.