Na década de 1960, o teórico da comunicação Mashall McLuhan definiu ao mundo o conceito de Aldeia global. Ele defendia que os avanços no meios de comunicação em massa resultariam na aproximação entre os indivíduos de diferentes culturas, atravessando barreiras físicas. Entretanto, a facilidade do anonimato no meio virtual garante a manutenção do discurso de ódio. Em primeiro plano, a internet proporcionou um afastamento físico entre as pessoas. Segundo Zygmunt Bauman em sua obra "Amor líquido", os laços humanos foram afetados com a disseminação da rede virtual causando uma maior interação via online e agregando no abismo físico entre os indivíduos. Dessa forma, o agressor se ver em um ambiente perfeito, visto que a capacidade de criar perfis falsos promove sua proteção. Nesse sentido, a mudança no cadastro dos usuários nas redes sociais se faz necessária. Em segundo lugar, essas práticas infringem a moral de determinados grupos. Com o final da Segunda Guerra Mundial, a ONU promulga a Declaração Universal dos Direitos Humanos que garante a todos os cidadãos o direito a dignidade humana. Nesse contexto, os discursos agressivos de pessoas egocêntricas ferem um dos princípios da vida moderna, comprometendo a isonomia entre os indivíduos do culto a sua cultura. Dessa forma, a liberdade de expressão deve existir, contudo respeitando valores dos diversos povos. Fica claro, portanto, que a união entre povo e governo se faz pertinente a fim de combater o discurso de ódio. Assim, cabe ao poder político a criação de leis para obrigar as redes sociais a criarem mecanismos para a identificação dos usuários em comunidade. Além disso, as escolas devem contratar psicólogos para aprimorar a empatia entre os jovens. Com essas medidas a sociedade poderá caminhar para a diminuição do discurso de ódio.