Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 29/01/2018

Thomas Hobbes, importantíssimo filósofo do século XVI, afirmou que o homem tem uma natureza maldosa inata a ele. Nos dias atuais, acerta-se essa afirmação, haja vista, as mensagens e comentários nas redes sociais inflamados de ódio. Nesse sentido, o discurso de ódio, no Brasil, vem se tornando um grave problema social. Desse modo, é necessário fazer uma análise dessa problemática e seus precursores. A princípio, é importante destacar um forte empecilho do problema: a proteção que a internet dá ao indivíduo. Nesse viés, embora estejam previstos na Constituição Federal a isonomia e a criminalização da discriminação e do preconceito, muitos brasileiros, utilizando o anonimato e a facilidade que as redes sociais oferecem na questão do perfil falso, vão discursar seus ódios e prenoções hediondas nos meios digitais. A grandiosa porcentagem, divulgada pelo jornal O Globo e relacionada à mensagens com conteúdos negativos, comprova isso: das quase 400.000 mensagens analisadas, mais de 80% se enquadram como discurso de ódio. Dessa forma, é inaceitável que, em um país de liberdade e direito, ainda haja inferiorização de muitos cidadãos. Outrossim, a tese durkheimiana, A Divisão do Trabalho Social, disserta acerca da capacidade caótica da anomia. De maneira análoga, o Brasil passa por um caos cibernético, tendo em vista, a ausência de leis que especifiquem crimes praticados mediante internet e uma ineficiente e inexperiente máquina governamental de cyber-fiscalização, facilitando a propagação de discursos de ódio. Dessa maneira, o Estado, como garantidor dos direitos constitucionais, precisa impor a erradicação do problema. Urgem-se, portanto, medidas que acabem com esse mal presente na sociedade. Dito isso, cabe ao Governo Federal, junto com o Ministério da Justiça, criar projetos-lei que tipifiquem os discursos de ódio como crime que fere a dignidade do homem, a fim de que se imperem a tolerância e respeito às diferenças. Além disso, o Ministério da Segurança precisa, por intermédio de investimentos do Estado, construir delegacias especializadas em cybercrimes, assim como disponibilizar à população um canal de denúncia, com o fito de aumentar o combate a esses crimes e incentivar o cidadão a denunciar em prol da resolução da problemática.