Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 14/01/2018

O advento da internet e das redes sociais trouxe muitos benefícios para a humanidade, como o maior acesso ao conhecimento e a facilidade nas comunicações. Todavia, também acabou por gerar uma nova dinâmica social, na qual muitos praticam os discursos de ódio pela rede de computadores, sem qualquer controle. Esse hábito, característico da hipermodernidade, cultura dos excessos, nas palavras de Lipovetsky, precisa ser combatido, haja vista que fere princípios constitucionais de inúmeros brasileiros vítimas dessa prática. Em primeiro lugar, é preciso salientar que a Constituição Federal de 1988 estipula que todos têm o direito de proteção contra qualquer forma de exposição, de acordo com o princípio da dignidade humana. Destarte, é dever do Poder Público trabalhar para fazer cumprir essa determinação. Contudo, isso parece não estar acontecendo no Brasil atualmente, pois, segundo o site “oglobo.globo”, apenas entre os meses de abril e junho de 2017, foram identificadas 393.284 menções nas redes sociais, sendo 84% delas de exposição do preconceito e da discriminação. Logo, fica clara a necessidade de um maior esforço por parte do Estado na implementação de medidas contra os discursos de ódio na internet. Outro fator motivador dessa prática criminosa é o preconceito derivado da herança histórica, advinda de um país machista e preconceituoso. Nesse sentido, as figuras dos “Senhores de Engenho” e dos “Coronéis”, presentes na historiografia brasileira, corroboram essa ideia. Por isso, Paulo Freire já falava numa “cultura da paz”, evidenciando o papel da educação na exposição de injustiças, incentivando a colaboração, a convivência com o diferente, a tolerância. Assim, o pensamento do educador comprova que as instituições de ensino precisam debater o tema dentro e fora de sala, educando pais e alunos sobre a importância de se combater a discriminação nos ambientes virtual e familiar. Torna-se evidente, portanto, que o problema é sério e precisa ser enfrentado. Como forma de garantir isso, a escola pode chamar pais e alunos ao debate e, por meio de palestras e reuniões em grupo, buscar desconstruir o preconceito e a discriminação contra grupos minoritários, com a finalidade de diminuir os índices de discurso de ódio na internet. Em consonância, o Poder Legislativo deve criar leis as quais punam de forma mais severa qualquer ação social, perpetrada pela rede de computadores, que descumpra com a determinação da Constituição, no intuito de fiscalizar e coibir a prática. Dessa forma, o Brasil caminhará em direção a uma sociedade mais tolerante, igualitária e coesa.