De acordo com a Constituição Federal, a liberdade de expressão é um direito fundamental, intransferível e inerente a todas as pessoas. O problema é que muitas pessoas estão extrapolando os limites da liberdade e acabam fazendo discursos de ódio e incitação à discriminação na internet. Os internautas estão diariamente emitindo opiniões nas redes sociais. O problema é que, muitas vezes, essas opiniões se dão por meio de discursos de ódio, assim como mostra um levantamento realizado pelo projeto Comunica que Muda, que identificou 393 284 menções nas redes sociais, e 84% delas tinham cunho negativo, com xingamentos e intolerância em relação a opinião dos outros. Logo, essa situação acaba prejudicando a harmonia nas interações virtuais, influencia pessoas a fazerem o mesmo e, de certa forma, viola o direito de liberdade de expressão dos envolvidos na discussão. Ademais, também é comum ocorrerem incitações à discriminação na internet. Esse fato fica evidente quando é noticiado casos como o que ocorreu em Taubaté-SP, em que um homem foi condenado por incitar a discriminação contra nordestinos e nortistas em uma rede social, e, segundo a ONG Safernet Brasil, responsável pela central de denúncias de crimes cibernéticos no país, a discriminação lidera o ranking de crimes denunciados. Assim sendo, esse problema tem grande impacto social, já que a discriminação gera sentimentos de ódio, rejeição, superioridade e discórdia entre as pessoas, além dela ser considerada crime, segundo a Constituição. Os discursos de ódio mais a incitação à discriminação ainda persistem na sociedade. Sendo assim, é necessário que os desenvolvedores das redes sociais limitem a quantidade de discursos realizados, esse limite pode ser imposto com um rastreamento de hashtags polêmicas e identificação de palavras ofensivas, logo após a confirmação de o usuário estar emitindo discursos de ódio ele seria temporariamente banido, isso faria com que diminuísse a ocorrência desses problemas. Além disso, é fundamental que o Ministério das Telecomunicações, a ONG Safernet Brasil e o projeto Comunica que Muda promovam campanhas publicitárias por meio da internet que orientem os jovens e adultos a como se comportar online e desenvolvam um sistema de denúncia automática, que seja ativado toda vez que for rastreado palavras chaves que indicam claramente um discurso discriminatório. Dessa forma, Essas medidas iriam reduzir a incitação ao preconceito praticada nas redes sociais.