É inquestionável que a internet representa um avanço significativo em liberdade de expressão e engajamento nos mais diversos meios. Contudo, a rede tem se consolidado como um ambiente propício para a disseminação de discursos de ódio e preconceito. Nesse contexto, a dificuldade de aplicar a lei no ambiente virtual tem levado aos graves problemas sociais. Existe muita dificuldade em identificar a origem dos comentários nas redes sociais, visto que é muito fácil manter o anonimato por meio de perfis falsos. Desse modo, várias pessoas dão opiniões na rede que em circunstâncias normais não dariam. Prova disso é uma pesquisa publicada no jornal O GLOBO, em que 84% dos comentários sobre religião, política e etnia são preconceituosos. Logo, isso denota que vários direitos essenciais garantidos pela Constituição não são aplicados na rede. Ademais, essa difícil fiscalização pode levar a internet a ser associada a uma terra sem lei, em que pessoas desrespeitam o direito à opinião. Não é difícil encontrar grupos que atacam redes sociais de pessoas que consideram diferentes como foi o caso de vários artistas, nesse contexto, um exemplo é a cantora Ludmila que sofreu discriminação na rede. Além disso, a situação fica ainda mais grave quando vários compartilham a mesma opinião e criam grupos na rede para se fortalecerem e disseminar discursos de ódio. Torna-se evidente, portanto, que a sociedade e as autoridades devem se unir para combater os discursos de ódio nas redes sociais. Primeiramente, é necessário que o Poder Legislativo crie leis a fim de facilitar a identificação de pessoas que comerem crimes na rede, para isso, é necessário que as redes sociais ajudem no fornecimento de dados dos criminosos somado a criação de uma delegacia virtual em que a população denuncie os casos. É relevante, também, que ONGs promovam campanhas publicitárias mostrando que o cidadão merece dignidade e respeito também no âmbito da internet. Com isso, a vida em rede será mais cordial e pacífica.