Título da redação:

Educação é a base

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 25/09/2018

Promulgada pela ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito ao bem-estar social. No entanto, o discurso de ódio vem crescendo nas redes sociais o que impossibilita que parcela dos brasileiros desfrute do direito, na prática. Nessa perspectiva, essa intolerância às diferenças deve ser solucionada para que uma sociedade integrada seja alcançada. Estando entre às dez maiores potências do mundo e sendo um país em desenvolvimento, seria lógico pensar que o Brasil possui um sistema de ensino eficaz que tenha como base o respeito ao próximo. Contudo, a realidade é o oposto, sendo que aquele brasileiro cordial retratado na Literatura e Sociologia são deixados de lado e como consequência dessa divergência pode ser visto o aumento de discursos de ódios. Segundo a ONG SaferNet Brasil, 84% das postagens feitas em 2016 no Facebook possuía alguma abordagem negativa sobre temas sensíveis, como racismo, posicionamento político e homofobia. Faz-se necessário, ainda, destacar que o anonimato e a impunidade são impulsionadores desse desrespeito para com o outro. De acordo com Bauman, sociólogo polonês, o mal não está exclusivamente nas guerras, ele também está presente quando nos recusamos a compreender o outro. Diante de tal contexto, os discursos de ódio acabam por gerar discriminação, isso que vem ocorrendo com mulheres e homossexuais que são ofendidos diariamente por um dos candidatos a presidência do Brasil em 2018. Portanto, ainda há entraves para garantir a concretização de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Dessa maneira, a União deve criar um órgão que fique responsável por monitorar mensagens que demonstrem odiosidade, intolerância ou discriminação a qualquer brasileiro, para que assim seja capaz de identificar e punir os autores evitando assim a disseminação dos efeitos maléficos. Além disso, o Ministério da Educação de dedicar-se a elaboração de campanhas vinculadas em meios midiáticos que visse a geração de respeito com as diferenças. Dessa forma, o Brasil poderia desalentar os discursos de ódios nas redes sociais.