Título da redação:

É liberdade ou ofensa?

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 20/02/2018

As inovações tecnológicas do século XXI proporcionaram inúmeros avanços no cotidiano das pessoas. Nesse contexto, as redes sociais se destacam como um mecanismo imprescindível para exposição do pensamento individual, contudo, casos de apropriação dessa ferramenta para divulgação de discursos de ódio se demonstram constantes, tornando-se necessária uma intervenção. É possível analisar que grande parte dos discursos de ódio que ocorre em âmbito virtual por meio das redes sociais se deriva de um alicerce de intangibilidade ao qual os indivíduos adquiriram nesse ambiente, pois graça a apropriação do direito à liberdade de expressão garantido pela Constituição Federal de 1988, esse tipo de violência acaba se camuflando com o argumento da livre expressão do pensamento. Em decorrência disso, os índices de casos de discursos racistas, homofóbicos e dos mais variados tipos se encontram em ascensão, denegrindo dessa forma, o direito a dignidade dos indivíduos e proporcionando muitas vezes em casos de problemas psíquicos como a depressão. É importante salientar que os discursos de ódio se caracterizam como uma forma de violência. Nesse enfoque, uma pesquisa realizada pelo jornal O Globo apresentou que cerca de 400.000 mil menções em redes sociais são pejorativas. Ademais, como já tido pelo filósofo Jean Paul Sartre qualquer forma de violência é uma derrota, e essa não se manifesta apenas por agressões físicas, mas também por afrontas verbais (correspondente a 84% dos casos). Todavia, existem leis que punam esse tipo prática, porém, a falta de fiscalização bem como a escassez de um mecanismo jurídico mais eficaz dificulta ainda mais a erradicação do problema. Portanto, medidas são necessárias para combater o impasse. O Senado Federal em conjunto com o Ministério das Comunicações deve frisar o fechamento de brechas jurídicas que viabilizam o problema, por meio de projetos de leis ao qual torne mais rígidas as punições para essa prática. Além disso, as empresas responsáveis pelas redes sociais devem criar mecanismo de busca para identificar possíveis afrontas pejorativas, por meio de softwares que realizem essa tarefa, visando assim, a resolução da problemática.