A chegada ao século XXI representa, em muitos aspectos, uma espécie de expansão comunicativa. Ao mesmo tempo que a utilização da internet se intensificou e trouxe consigo muitas facilidades, o meio virtual tem sido um agravante nas interações sociais que proporciona, principalmente no que se refere à disseminação de ódio de muitos usuários. Nesse contexto, mais do que nunca, é preciso vetar toda e qualquer publicação com caráter depreciativo, especialmente as que incitam a discriminação. Facebook, Twitter, YouTube e Instagram são exemplos das redes sociais mais acessadas que, infelizmente, tornaram-se palco de insultos. Grande parte dos usuários, no entanto, sente-se mais confortável em manifestar suas opiniões por meio das redes, do que no convívio social propriamente dito. Afinal, por trás da tela de um computador, não se olha nos olhos e, na pior das ofensas, é improvável reatividade física ou reprovação instantânea de outros indivíduos não envolvidos de forma direta. Todavia, não saber os limites da liberdade de expressão nas redes sociais é um grande risco à moral perante a sociedade, mesmo porque, em caso de indício de discriminação em um comentário, a "identidade" do ofensor se fará conhecida, já que outros usuários poderão visitar o perfil para visualizar fotos, idade e localização. Por outro lado, existem usuários que não apresentam publicamente o nome verdadeiro com suas informações pessoais, utilizando-se do anonimato para propagar comentários discriminatórios. Aos mais conservadores, há a necessidade de expressar-se em oposição aos que têm uma orientação sexual distinta; os xenofóbicos dão-se a liberdade de se autoafirmar como superiores; e aqueles que têm uma religião tradicionalmente difundida tendem a desconsiderar todas as outras com discursos intolerantes. Diante disso, nota-se que a motivação para toda essa segregação em razão das diferenças se deve à falta de empatia, de respeito e de conscientização acerca das mudanças que permeiam o ambiente social. Entretanto, se os internautas não impõem a eles mesmos os limites necessários, as redes podem cumprir esse papel impedindo que sejam publicados comentários contendo palavras de caráter ofensivo, sem que precise cercear a liberdade de expressão. Além do mais, o Governo Federal pode também desenvolver um sistema de monitoramento a comentários de incitação ao ódio; ONGs podem oferecer palestras para serem ministradas em alerta a todos os usuários; bem como os principais canais de comunicação podem desenvolver campanhas publicitárias a fim de conscientizar a todos. Desse modo, essas ações são de significativa importância para que a discriminação seja gradativamente extinguida das redes sociais.