Título da redação:

A internet como vilã

Tema de redação: O discurso de ódio nas redes sociais e seus fatores impulsionadores

Redação enviada em 01/11/2018

A criação da internet trouxe um novo espaço de compartilhamento de opiniões e informações para a sociedade. Nesse contexto, algumas pessoas se aproveitam desse novo espaço e disseminam pela internet opiniões racistas, preconceituosas e machistas, aproveitando de uma falsa sensação de impunidade. Dessa forma, a internet possibilita que as pessoas expressem suas opiniões preconceituosas mais livremente, distanciando de uma real responsabilidade do que foi feito. Assim, o crescimento acelerado de crimes como o "bullying" tem relação direta com o avanço da internet. Para o advogado Alexandre Atheniense, o "cyberbulling" "vem crescendo graças ao avanço das redes sociais". Nesse sentido, crimes que antes se limitavam à pequenas esferas sociais (como o "bullying" na escola) agora se expandem e atingem as pessoas dentro de suas casas, por meio da internet. Dessa forma, outros crimes, como por exemplo o racismo, ganham gradativamente mais espaço e visão. Movimentos como o que ocorreu em Charlostiville em 2017 (uma grande manifestação popular racista) têm utilizado a internet como uma maneira de encontrar pessoas que compartilham do pensamento discriminado. Assim, a internet se tornou um dos métodos de disseminação de ideias racistas e "ponto de encontro" de pessoas com essa ideologia. Tendo em vista que a internet é hoje um grande espaço público de interação social, é necessário que a família conscientize os filhos, por meio da autoridade dos pais, a utilizarem desse espaço de maneira que não agrida o próximo para que as novas gerações tenham uma maior consciência social em relação ao meio social. Ainda por parte da família, é preciso que ela acompanhe a utilização da internet por parte do filho de modo a supervisionar que ele não seja praticante ou vítima de crimes de ódio. Além disso, é importante que o Estado invista em seguração digital, investigações e palestras, por meio do Ministério Público e o Ministério da Educação, de forma a coibir e penalizar crimes de ódio na internet e conscientizar os jovens a respeito da necessidade de respeito ao próximo. Assim, a violação dos direitos fundamentais do indivíduo, como o direito à honra, será gradativamente diminuído na internet.