Dia 2 de abril do ano de 1964, tem início no Brasil a "Ditadura Militar" - período no qual a democracia e os direitos civis foram fortemente golpeados. Duas décadas depois, após muita luta e protesto, o brasileiro reconquista o direito de votar em seu representante maior. Contudo, ainda hoje nossa nação é assolada por inúmeras mazelas sociais. Assim, como o voto pode promover as mudanças que a população tanto necessita? A priori, observa-se que desde a redemocratização os eleitores têm priorizado candidatos de cunho populista - demagógicos como Fernando Collor, "caçador de marajás". De modo que, quando eleitos, esses personagens tendem a governar de forma autoritária e sem respeito as instituições democráticas, deixando de lado suas promessas de campanha em detrimento de benefícios particulares. Diante disso, vê-se que votar em pretendentes que tenham propostas concretas e plausíveis pode ajudar no processo de transformação social do Brasil. Outrossim, nota-se que o clientelismo - troca de favores entre quem detém o poder e os que votam - ainda é muito recorrente no Brasil, principalmente no nordeste. Por conseguinte, constata-se que essa prática colabora para manutenção de diversas problemáticas na sociedade; uma vez que o eleito deve governar para todos, e não somente par seu eleitorado. Dessa forma, verifica-se que escolher um candidato por receber benécias particulares é contribuir para perpetuação de infinitas úlceras sociais. Inferi-se, portanto, que é preciso muita reflexão e pesquisa antes de optar por um pretendente a cargo público. Em face ao exposto, deve a mídia - através do jornalismo investigativo e isento - expor fatos corruptos, para que o cidadão possa saber em quem está votando. Ademais, é de suma importância que a escola, estimule o senso crítico dos alunos- com matérias como Filosofia e Sociologia, a começar por séries iniciais - a fim de que no futuro possam votar de forma honesta. Por fim, uma rígida ação dos órgãos fiscalizadores - Ministério Público e Tribunais Eleitorais - com o intuito de coibir ações como as supracitadas, também é primordial.