Possibilitado pela Constituição cidadã de 1988, o sufrágio universal sem dúvida é a maior conquista da democracia representativa brasileira. Dessa forma, considerando o extenso histórico de conflitos antecedentes à implantação desse direito, torna-se imprescindível transmitir às atuais gerações a consciência da importância do ato de votar com responsabilidade, garantindo não somente transformações sociais, mas também uma cidadania cada vez mais ampla. Históricamente, por muito tempo a democracia brasileira esteve afastada de uma efetiva isonomia de direitos políticos. O critério censitário, além da restrição ao voto feminino, eram fatores marcantes das eleições imperiais. Ademais, mesmo durante a república, práticas como a do clientelismo ainda representavam a concentração de poder político. No entanto, a criação da Justiça Eleitoral, por Vargas, e - mais à frente - a promulgação da Constituição de 1988, foram importantes por eliminar em grande parte aspirações déspotas no país. Assim, nos dias atuais, as eleições brasileiras, tanto municipais, quanto gerais, marcam celebrações democráticas em que a população pode, de forma justa e equalitária, escolher seus representantes, exercendo um autogoverno cada vez mais participativo. Em suma, para fazer do voto um meio de transformações sociais, é fundamental estimular a disseminação desse direito. As instituições midiáticas, portanto, são peças chave nesse processo, já que, por meio de companhas publicitárias, além de ficções engajadas, como séries e novelas, são capazes de promover uma maciça conscientização a respeito de um voto responsável, afinal, marcam presença na absoluta maioria dos lares brasileiros. Assim sendo, conclui-se que o desenvolvimento de uma civilização contemporânea está intimamente relacionado à força e suas instituições democráticas. Consequentemente, promove-se maior cidadania, transparência com as contas públicas, fiscalização e, sem dúvida, menos corrupção.