Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?

Redação enviada em 26/07/2018

O voto é uma forma de representar a “voz” dos cidadãos na escolha de seus representantes políticos, no intuito de direcionar o país a um futuro melhor. Contudo, percebe-se que esse direito, no Brasil, não tem sido bem utilizado e, por vezes, é acompanhado por “venda” de votos ou realizada de modo arbitrário. Dessa forma, o voto não é encarado pela maioria como algo realmente transformador e poderoso, o que abre brechas para a ascensão de governos ruins. Primeiramente, o direito ao sufrágio universal presente na Constituição Federal de 1988 foi fruto de muitas lutas e mobilizações sociais, como o movimento “Diretas Já”, o qual exigia voto direto para presidente no final da Ditadura Militar. Entretanto, esse engajamento político de outrora tem se amenizado e boa parte da população brasileira não tem visto o voto como uma ferramenta de mudança, mas como uma simples obrigação imposta pelo Estado. Como consequência, a falta de interesse aumenta diante do histórico de governos corruptos e mantém a situação. Não obstante, é possível ter bons governos se a população for instigada a ter um olhar crítico e entender que é capaz de mudar os rumos do país. Outrossim, pode-se destacar o comodismo político, o qual leva pessoas a votar aleatoriamente sem conhecer as propostas e o histórico do candidato escolhido; ou adquirir algum benefício financeiro em troca do voto. Desse modo, por não enxergar a importância do voto como autor de possíveis transformações sociais, algumas pessoas priorizam os seus interesses pessoais em detrimento do bem comum. Fato esse que advém de uma cultura alicerçada ao longo de décadas, sendo hábitos que acabam invalidando o poder do controle social sobre representantes políticos, ocorrendo um processo inverso. Assim, a conduta dos cidadãos vai de encontro à proposta Aristotélica de que para se ter um bom governo a coletividade deve suplantar o particular. Logo, para a melhora da situação, é necessário que o Ministério da Educação insira a disciplina Educação Política nas grades curriculares escolar e acadêmica. Dessa forma, o estudo permeará o conhecimento sobre a abrangência política interna e externamente, assim como o estímulo à criticidade e à busca do discernimento sobre a vida e propostas dos candidatos, a fim de que o voto possa de fato representar o povo e ser realizado com seriedade.