Não restam dúvidas que o direito ao voto universal é uma das conquistas sociais mais custosas da história. Muitas lutas foram travadas por ele, como a revolução francesa, o movimento sufragista e, a nível de Brasil, as Diretas Já. Não há como negar a sua importância dentro de uma nação, pois, o voto pode realizar mudanças inimagináveis, para o bem ou o mal, daí a importância de escolher bem os candidatos. Porém, no Brasil, cada vez mais pessoas estão deixando de exercer esse direito ou de se engajar na política. O que fazer para mudar essa realidade? Em primeiro lugar, é importante ressaltar que o voto direto foi uma extraordinária vitória para democratização social. Todavia, cada vez mais brasileiros estão abrindo mão dessa conquista. Uma pesquisa realizada em 2017, pelo Paraná Pesquisa, mostrou que 4 entre 10 brasileiros não pretende votar nas próximas eleições. Ainda segundo os entrevistados dessa pesquisa, a onda de corrupção e os grandes escândalos são as principais razões para essa desmotivação. O que infere diretamente na escolha de bons candidatos, pois demonstra que uma grande parcela da população não acredita no poder do voto como uma arma de mudança social. Além disso, a sociedade não busca um maior engajamento político. Cerca de 80% dos brasileiros não lembram em quem votaram, para deputado federal, nas últimas eleições e não fez nenhum acompanhamento após o voto, é o que aponta uma pesquisa realizada pela FGV, em 2016. A grande maioria alega que não possui tempo para tal acompanhamento, entretanto um estudo realizado pela Global Digital, demonstra que o brasileiro é o povo que passa mais tempo em redes sociais, em média mais de três horas por dia. Logo, conclui-se que o brasileiro possui pouco interesse pela política, apesar da existência de mecanismos, como a lei de transparência e os conselhos fiscalizadores, para sua maior integração. Dessa forma, para mudar esse quadro de retrocesso social, o Governo Federal deve implementar programas de incentivo ao voto consciente e ao engajamento político. Deve propor em parceria ao TSE, Ministério da Educação e Ministério da Cultura uma ampla propaganda de conscientização em redes sociais, escolas, TV e jornais, a fim de, alertar sobre a importância do voto consciente e da fiscalização pela sociedade. Pois como bem disse Theodore Roosevelt, “Um voto é como um rifle: sua utilidade depende do caráter de quem usa. ”