A cidadania é o exercício dos direitos e deveres, tanto políticos quanto civis, de um cidadão. Isto posto, o voto é um dever de todo cidadão brasileiro, sendo imprescindível para que mudanças sociais aconteçam. Porém, a obrigatoriedade do voto acaba causando uma sensação de coercitividade no indivíduo, que somado a outros problemas é responsável pela diminuição da participação efetiva da população no país. É indubitável que praticar um ato democrático deveria ser algo inerente ao cidadão. Isso pois, segundo Aristóteles, o homem é um animal político que busca conviver em sociedade e atingir a sua eudaimonia. Sendo assim, ao votar as pessoas estariam buscando um bem comum, visando melhorar o meio em que estão inseridas. Entretanto, tal ato vem perdendo sua importância. Em virtude dos inúmeros escândalos políticos retratados pela mídia, muitas vezes selecionados e sensacionalizados, somados a pressão da responsabilidade de escolher um governantes, são responsáveis pela descrença política da população. Prova disso, são os constantes discursos de ódio na internet, em que frases como “Eu não gosto de política” ou “Todo político é ladrão”, acabam se tornando uma realidade. Fica claro, portanto, que há uma necessidade da retomada do significado de ser cidadão. Dessa forma, o MEC, juntamente com as escolas, deve promover uma maior motivação da participação política pelos adolescentes, futuros eleitores, por meio de palestras, teatros e atividades extracurriculares, a fim de que, em longo prazo, possam se tornam pessoas com um espirito democrático, e terem um senso crítico para avaliar o meio em que vivem, além de filtrar as notícias que lhe são apresentadas.