Na sociedade atual, o voto é um reflexo do desejo de participar ativamente da política, sendo assim, um poder do cidadão. Em 1824, a Constituição dessa época somente garantia direito ao sufrágio para os ricos e excluía a maioria da população brasileira. E, na recente Constituição, essa garantia foi estendida para todos inclusive algumas minorias banalizadas, como os analfabetos. Entretanto, ainda é perceptível uma grande insatisfação política dos cidadãos, o que reflete nas eleições e, consequentemente, influência a decorrência de inúmeros movimentos sociais. Segundo o filósofo Aristóteles, o homem é um ser político, ou seja, tem uma inclinação natural para viver em sociedade. Então, o exercício da votação impulsiona, ainda mais, essa tendência do sujeito e evidencia uma vontade de melhorar a condição social em prol de todos. Contudo, apesar do progresso do modelo político atual, a democracia, a corrupção também aumenta concomitantemente. Essas corrupções e fraudes que acontecem no âmbito político desencadeiam uma série de insatisfações por parte da população e influência no seu modo de enxergar o valor das eleições. Além do mais, esse contexto provoca um afastamento entre a juventude e a política, o que é evidenciado pelas pesquisas que mostram um baixo interesse dos jovens brasileiros em votar. Ademais, o engajamento político é importante para a formação de cidadãos não alienados e com uma significativa visão tanto política e social quanto econômica. Com isso, essa essencial participação e consciência acerca da relevância da política nesse mundo pós-moderno está intimamente ligada ao acontecimento de movimentos sociais, pois eles vão incentivar a não passividade do sujeito. Por conseguinte, a prática do voto garante a legitimidade de criticar e a obtenção de novas e efetivas mudanças. Portanto, os postos de voto e as urnas são os únicos lugares no sistema político que todos têm o mesmo peso e são iguais, o que fortemente evidencia o poder das eleições. A família e a escola são as primeiras comunidades políticas para o ser e devem atuar em conjunto através do ensino da Constituição e leis básicas da sociedade para a ativação de um senso político e crítico, além de incentivar o envolvimento em causas e movimentos da sociedade. Já a mídia deve atuar com a implantação de propagandas ou comerciais que denunciem as inúmeras corrupções, mas, simultaneamente, incentive o cidadão a lutar pelos seus direitos.