Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?

Redação enviada em 12/04/2018

A Constituição Cidadã de 1988 elenca a garantia do voto direto, secreto e periódico em seu rol de cláusulas pétreas. Esse fato demonstra a relevância da participação do cidadão brasileiro na vida política do Estado. Contudo, na contemporaneidade, é possível observar que o poder de representação nem sempre tem atendido a todas as necessidades sociais. Dessa maneira, faz-se pertinente analisar até que ponto o voto está relacionado com a forma de adquirir direitos e como a educação pode interferir nessa esfera. Em primeira análise, é válido salientar que o homem moderno deixou de lado a sua liberdade plena e dedicou parte à democracia, regime de governo adotado pela maioria dos países. Isso porque, nos primórdios, os indivíduos tinham seus conflitos resolvidos por meio da força ou do autoritarismo. Segundo o sociólogo Max Weber, “toda ação social é motivada por um determinado fim”. Assim, os indivíduos, visando convergir interesses, deram ao Estado o poder de conduzir a vida em sociedade e conceder direitos através da elegibilidade de representantes. Ressalta-se, ainda, que o analfabetismo político é responsável, em grande parte, pela ineficiência ou inexistência de serviços públicos no Brasil. Isso porque a falta de senso crítico acerca da política faz com que os indivíduos escolham pessoas pouco capacitadas para gerir o país. Logo, o conhecimento é a forma de cortar os grilhões que nos prendem ao nosso lobo interior, como afirmava Hermann Hesse em seu livro Lobo da Estepe. Em suma, sabe-se que o voto atribui ao representante o poder/dever de garantir melhorias públicas e que esse aspecto tem sido negligenciado no Brasil. Logo, a heurística que otimizaria esse quadro provém de fatores governamentais e sociais. O primeiro, deve colocar em pauta a discussão da inserção de uma cadeira de cidadania nas grades escolares, tudo isso de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação. O segundo, por sua vez, utilizaria-se de ONGs para a disseminação de um pensar político, principalmente nas camadas mais pobres como já é feito pela CUFA. Assim, o conhecimento assumiria um caráter prático para ajudar na vida das pessoas, como já dizia o Estado Positivista de Augusto Comte.