Na Grécia Antiga era considerado cidadão apenas aquele que dentro dos requisitos sociais – homem com idade superior a vinte e um anos e filho de pai e mãe atenienses – participasse ativamente da política através do voto, contribuindo para edificação da democracia. Entretanto, no Brasil, o ideal de democracia e o direito ao voto não se ergueram simultaneamente, criando um estigma social no qual as pessoas julgam este direito como mera formalidade do sistema democrático e não como fator primordial no progresso do Brasil. O voto é uma conquista social que vem perdendo o seu valor no decorrer das eleições. As pessoas fatigadas de políticos corruptos e promessas não cumpridas, vão as urnas, mecanicamente, sem esperança de lutar por uma real democracia, onde a lei e a igualdade entre os indivíduos são devidamente aplicadas, cumprindo apenas uma obrigatoriedade e não um verdadeiro ato de cidadania. Entretanto, nos últimos anos, inúmeras manifestações têm acontecido no meio político-social e a população, antes desacreditada e estática, passou a ansiar e a se expressar de maneira ativa por verdadeiras mudanças. Neste cenário, o direito ao voto retorna com seu alto valor revolucionário e, por meio deste, os desejos sociais por alterações na esfera democrática podem ser realmente alcançados. Por sermos uma democracia indireta, necessitamos que os governantes cumpram a tarefa de nos proporcionar uma sociedade mais justa e igualitária, uma economia que proporcione empregabilidade a todos e uma política limpa de usurpadores e, através do voto popular, esta realidade pode ser alcançada. Ao analisar as propostas de um candidato é fundamental se abster de pensamentos individualistas, pensar no coletivo e olhar para as esferas sociais – educação, saúde pública, lazer, política e economia - votando naquele que oferece uma solução para as deficiências destas. O voto consciente é reflexo do futuro do país e, por meio deste, o progresso será refletido. Dessarte, o direito ao voto é primordial para que o Brasil consolide uma democracia que abrace igualmente todos os seus cidadãos. O Ministério da Educação deve por meio da grade escolar, ressaltar nas disciplinas como História, Filosofia e Sociologia, a importância e consequências que podem vir deste direito para que o futuro cidadão tenha consciência na hora de votar. A mídias sociais, como fortes meios de comunicação de massa, podem, por meio de propagandas e campanhas, mostrar que o estigma social de mecanização do voto é uma verdadeira trava para o progresso. Ademais, cabe a todos ter consciência de que o voto é mais do que um direito, é um dever de todo cidadão que deseja ter orgulho de sua nação.