O sistema democrático atual é fruto de inúmeras batalhas e aperfeiçoamentos que possibilitaram, através do sufrágio universal, a real participação popular no direcionamento de um estado. Entretanto, no Brasil, país marcado pela luta contra a ditadura e por manifestações emblemáticas pelo voto direto, tal participação está perdendo o fôlego com a crescente apatia política e a falta de representatividade que o brasileiro encontra nos partidos políticos. Certamente, a falta de interesse do povo brasileiro na política é fruto da desconfiança gerada após constantes casos de corrupção que transbordam os jornais e revistas. Assim, investigações - como o "mensalão", o "petrolão" e a "lava jato" -, tornam o brasileiro desiludido, e esse, por sua vez, escolhe abandonar as eleições e abdicar de seu direito de votar. Dessa maneira, é justificável o crescente número de votos brancos e nulos, que acabam por demonstrar a fragilidade da democracia brasileira. Além disso, aqueles que escolhem por votar não se sentem realmente representados pelos candidatos. Em pesquisa recente, divulgada pelo jornal da cultura, foi comprovado que o critério decisivo para aproximadamente 50 % dos eleitores é se o político acredita ou não em Deus. Fica claro, portanto, que partidos não representam mais suas ideologias e indícios de moralidade - mesmo que não muito confiáveis – são capazes de decidir os próximos governantes. Assim, a despeito desses agravos surge a necessidade de recuperar a confiança popular e reiterar a força da democracia brasileira. Primeiramente, é dever do ministério da educação em parceria com as escolas, promover debates e palestras que, com total imparcialidade, despertem o interesse político nos jovens. Paralelamente a isso, a população deve, por meio de greves e protestos, exigir a transparência de governantes e instituições. E, por fim, cabe ao congresso nacional criar e colocar em votação uma lei que impossibilite a reeleição de um candidato que tenha realizado menos da metade das suas promessas de campanha. Dessa maneira, por meio do voto e da constante vigilância, o Brasil terá a democracia assegurada e seu destino bem encaminhado.