O voto, ou o sufrágio universal, é um direito do cidadão e parte integrante de um regime democrático. Trata-se de uma conquista histórica. Ela foi sendo construída aos poucos – ao longo da história, desde a Grécia Antiga, até os dias de hoje. Por outro lado, neste momento, evidencia-se mais, em nosso país, a necessidade de conscientizar-se sobre a importância do voto para a escolha dos melhores representantes para a sociedade brasileira. Em Atenas, em época anterior ao nascimento de Cristo, as decisões que diziam respeito à vida pública eram tomadas em uma praça – a ágora. Mas não eram todos que podiam opinar. Somente os indivíduos mais ricos detinham essa prerrogativa. Essa limitação ao voto se estendeu por muitos séculos. Normalmente, os eleitores tinham que preencher algumas condições como requisito ao voto: possuir uma renda mais vultuosa, era uma delas. A outra era pertencer ao sexo masculino. A luta pelo direito ao voto feminino foi muito bem retratada pelo filme ‘As Sufragistas’, de 2015. A história conta como as mulheres sofreram perseguições para obter este direito e porque ocorreram até mortes em consequência desta luta. No Brasil, não foi diferente. A renda, o gênero e a escolaridade impunham limites ao voto. Aos poucos, os eleitores sem renda, as mulheres, os analfabetos, os índios, e todos os brasileiros vieram a alcançar o direito de votar. Neste momento, se inicia uma outra luta: a da consciência com respeito à importância do voto. Em épocas eleitorais, os eleitores são assediados para que concordem em receber algum benefício em troca de votar em determinado candidato. Há casos, ainda, em que alguns grupos sociais se unem para eleger seus representantes religiosos ou pertencentes a segmentos específicos de negócios a fim de que estes defendem seus interesses de classe. Não se pode, contudo, generalizar a ausência de postura ética para todos os candidatos. É muito importante que a população se conscientize sobre a necessidade de acompanhar o horário político eleitoral, ler o programa do partido e a proposta do candidato ao cargo, além de pesquisar sobre seus mandatos pregressos e quais os projetos defendidos por ele e se estes visavam beneficiar algum segmento e qual. A comunidade de eleitores poderá mesmo se reunir – ainda que pelas redes sociais – e promover esse debate. Agindo desse modo, em breve, o eleitor descobrirá que há propostas muito diferentes entre si e que, sim, há proposições sérias dentre elas.