Em sua trajetória política, o Brasil apresenta um histórico conturbado. A luta pelo direito de votar persistiu até a Constituição de 1988, na qual o eleitorado já incluía homens, mulheres e analfabetos. Porém, apesar desta conquista, o país se mostra incapaz de construir cidadãos que possam usufruir de tal direito de maneira consciente e aplicá-las em seu cotidiano. Portanto, há uma necessidade de estabelecer mudanças que motivam essa transformação social. A educação no Brasil apresenta um percurso fragilizado. Além de algumas escolas não dispor de aulas com qualidade, o excesso de matérias obrigatórias no ensino não incrementam aulas que ensinam como ser um cidadão de direito e sua responsabilidade na estrutura social do país. A ausência desse ensino reflete na ignorância parcial dos jovens nas questões políticas do país. Além disso, a falta de aulas de cidadania enfraquece a visão dos jovens no atual condicionamento em que o Brasil se encontra. Nossa sociedade é formada por diferentes classes sociais e suas respectivas realidades, é importante termos em mente que ao escolhermos um representante, estaremos escolhendo por uma nação inteira. Diante dos fatos apresentados, mostram-se necessárias mudanças nos sistemas de ensino para que ocorra uma transformação social. Com o auxílio do governo e das escolas, aulas de cidadania poderiam ser aplicadas como uma matéria obrigatória, dentro da plataforma de Educação, e também com o complemento de aulas em campo que trabalhem as diferentes realidades brasileiras. É válido também ressaltar a importância da Sociologia como ferramente chave deste ensino e torna-la como prioridade para a formação de pensadores coletivos.