Título da redação:

A ignorância e o descrédito brasileiro diante da representação política nas transformações sociais

Tema de redação: O direito de votar: como fazer dessa conquista um meio para promover as transformações sociais de que o Brasil necessita?

Redação enviada em 18/06/2018

Durante o Brasil colônia e império, grande parte da sociedade era impossibilitada de participar das transformações sociais e só aqueles que detinham do direito ao voto (indivíduos abastados) promoviam mudanças no trato social limitadas aos próprios interesses. Já no contexto contemporâneo com a promulgação da constituição cidadã em 1988, o sufrágio universal (direito do cidadão de promover o voto) se tornou dever de todos os cidadãos brasileiros. No entanto, as modernas transformações sociais que deveriam ocorrer apartir desse dever ficaram limitadas diante do descrédito brasileiro com as classes políticas e do pouco conhecimento cidadão quanto aos deveres dos candidatos políticos. Primeiramente, os casos de corrupção envolvendo classes políticas de grande envolvimento coletivo corroboram para o descrédito social. Assim, o exercício do voto é dificultado pela limitada escolha no elegimento de políticos que possibilitem melhores transformações sociais sem que haja ilicitudes contratuais. Exemplo disso foram as obras na refinaria Abreu e Lima que renderam, aproximadamente, 90 milhões de reais para os anteriores executivos da Petrobrás ligados a políticos e partidos de renome. Desse modo, o envolvimento da classe política em casos de corrupção enfraquece a credibilidade social. Ao lado disso, a maioria dos eleitores não têm conhecimento acerca da obrigações dos candidatos políticos, que, por conseguinte, impede o atendimento aos anseios sociais. Nesse caso, para o cientista político Marco Antônio, isso é como uma forma estratégica para alguns candidatos políticos garantirem o voto, devido à falta de esclarecimento da sociedade quanto a função social de cada elegível e que leva parte da coletividade a acreditar que as demandas regionais básicas serão atendidas por qualquer eletivo. Logo, isso sugere que apesar da conquista do voto alcançado pelo sufrágio universal, a sociedade ainda não elege representantes políticos adequados. Fica evidente, portanto, a necessidade de diminuir o descrédito brasileiro com a classe política e a desinformação quanto as funções dos elegíveis. Dessa maneira, cabe as ONGs e universidades promoverem seminários e palestras que esclareçam sobre as funções sociais dos candidatos políticos por meio de verbas concedidas pelo governo estadual destinado a esse fim, no intuito de educar a coletividade em relação a melhor utilização do voto de acordo com os anseios da sociedade, objetivando transformações coletivas de interesse social. Além disso, a mídia deve divulgar informações a respeito dos gastos dos projetos realizados pelos elegíveis na área social com a finalidade de aumentar a credibilidade do brasileiro com candidatos menos envolvidos na corrupção.