À algumas décadas atrás a única preocupação dos países era com o setor econômico. Porém, com as mudanças ocasionadas pelo aumento do consumo e do contingente populacional, a questão ambiental passou a ser parte da pauta de desenvolvimento e de qualidade de vida das nações. O Brasil, segue essa mesma dinâmica e encontra como principal desafio as consequências das mudanças climáticas, que podem afetar cruelmente os diversos setores do país. O recurso hídrico é o primeiro prejudicado pelas mudanças climáticas e, talvez, o fator chave para a resolução dos problemas. Assim, o aquecimento global, a variação do nível do mar e a modificação das correntes de ar ocasionam à abundância de água em algumas áreas do Brasil e em outras à escassez, ambas situações com prejuízos evidentes. As recentes inundações e desmoronamentos ocorridos em Salvador e Santa Catarina e o elevado índice de desertificação no semiárido corroboram esse fato, além de comprovar a ineficácia de estruturação das cidades. Tais fatos tendem a piorar, já que, segundo a ANA(Agência Nacional de Águas) mais de dois mil municípios terão problemas de abastecimento de água em 2015. Outro setor afetado pelas alterações climáticas e, sobretudo pela escassez de água é a geração de energia. Tal circunstância é mais preocupante no Brasil, pelo fato de 70% da produção de energia elétrica do país advir das usinas hidrelétricas. Além disso, o Brasil desenvolve poucos projetos de ampliação de energias alternativas e renováveis, o que torna o desafio ainda maior. Os fenômenos supracitados afetam as cidades, modificando sua estrutura e dinâmica. Assim, é exponencial o aumento da intensificação da inversão térmica e dos casos de doenças como a dengue. A elevada impermeabilização das ruas contribuem para a retenção de calor e aumento da temperatura, fator que funciona como catalisador da proliferação de vetores transmissores. Fica evidente, portanto, que as mudanças climáticas provocam sérios problemas no Brasil, configurando um cenário de desafios. Para vencer esses desafios e solucionar os empecilhos, o Estado deve desenvolver políticas de racionamento de água, bem como construir um sistema eficaz de coleta de água da chuva. Além disso, é preciso modernizar e ampliar a produção de energia por formas alternativas como a solar e a eólica, financiando pesquisas nas universidades. Ademais, as ONGs podem criar campanhas de conscientização sobre o uso da água e sobre a prevenção de doenças, aliando o setor publicitário e a mídia como forma de divulgação e convencimento.