Os problemas climáticos pareciam uma realidade futurística, mas eventos como a crise hídrica de São Paulo mostram que é um cenário do presente. O meio ambiente clama por atenção, cabe a nós ouvi-lo. O Brasil tem uma grande biodiversidade, no entanto não zela por ela com veemência. Esse legado de exploração em massa, sem preocupações futuras, vem desde período colonial. Iniciou-se com o pau-brasil, depois veio o açúcar (com as plantações de cana), seguido do ouro e assim vem até hoje com a extração de madeira ilegal na Amazônia, por exemplo. Esse mercado desenfreado das "commodities" brasileiras traz consequências como arenização dos solos, assoreamento dos rios e ainda contribui para eventos de escala mundial - tal como o aquecimento global devido ao desmatamento. O meio ambiente não é o único que sofre com a exploração antrópica, as populações mais humildes são as principais afetadas. Comunidades indígenas amazônicas estão desaparecendo não só pela perda de territórios, mas também porque o seu sustento está sendo comprometido pelos efeitos do mundo globalizado. A agricultura de subsistência, por exemplo, está se tornando impraticável devido à erosão do solo e à alteração do ciclo das chuvas. Portanto, já estamos colhendo os frutos da nossa insolência perante ao manejo dos recursos ambientais. Há uma necessidade urgente de uma mudança de postura do Brasil, juntamente com os outros países. Relatórios como o RIO + 20 devem conter medidas mais extremas, principalmente em relação a preservação do patrimônio ecológico que ainda temos. Já ao governo federal brasileiro cabem duas medidas essenciais: maior fiscalização das leis ambientas, em conjunto com a criação de novas normas; e edução ambiental no ensino fundamental, alertando sobre os problemas já existentes e futuros.